Pergunta Escrita à Comissão Europeia de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre o futuro do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF) e o seu impacto

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio contribuiu para reduzir significativamente o número de mísseis na Europa, tornando este continente o seu principal beneficiário. Trata-se de um importante instrumento de garantia da paz. Os recentes desenvolvimentos são preocupantes. Responsabilizamos em primeiro lugar a política agressiva protagonizada pela administração norte-americana que cedo ameaçaram com a sua retirada do Tratado. O anúncio dos EUA de se retirarem do INF soma à estratégia de permanente confronto e cerco à Federação Russa protagonizada pelos EUA, NATO e UE, com mobilização militar para junto das suas fronteiras,o que nada contribui para a paz. A par, registamos apenas um Estado-Membro, a Áustria, assinou e ratificou o Tratado de Proibição de Armas Nucleares da ONU. Apenas a eliminação das armas nucleares pode garantir a sua não utilização. A UE e o Conselho têm passado à margem da necessária discussão e promoção deste importante Tratado, inadmissível para quem por ironia recebeu um Prémio Nobel da Paz.
Pergunto:
Que medidas tomará para a preservação do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio?
Porque razão não tomou o Conselho medidas para aprofundar a discussão e promover a ratificação do Tratado de Proibição de Armas Nucleares da ONU?

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