A uma semana de uma data histórica ligada à luta emancipadora das mulheres, destacamos o agravamento da precariedade laboral e baixos salários, que atingem as trabalhadoras, assumindo expressões particularmente chocantes e inaceitáveis nas novas gerações e em sectores como as industrias têxtil, do comércio, do alojamento e restauração, ou dos serviços.
As discriminações salariais, directas e indirectas entre homens e mulheres têm causas, não surgem por geração espontânea. O capital e o patronato usam-nas para aumentar a exploração. Discriminações alavancadas nas políticas de direita dos Estados Membro e da UE, indissociáveis do ataque à contratação colectiva e aos salários, da ofensiva contra os direitos laborais dos trabalhadores e às mulheres em particular.
A superação destas desigualdades só será possível rompendo com as vossas políticas de classe, pondo fim à precariedade, limitando o recurso ao trabalho temporário, regulando horários de trabalho sem que excedam as 8 horas diárias, garantindo o principio de “salário igual para trabalho igual” e a valorização salarial, assegurando a devida protecção na e da maternidade.