Um recente estudo feito em Portugal, em Maio, apontava para mais de um terço, os vínculos precários de entre os novos contractos de trabalho celebrados.
Uma realidade que confirma a tendência, que deriva das políticas de direita, de que os vínculos precários substituam a forma jurídica dominante de relação de emprego, que ainda é hoje o contracto sem termo.
A precariedade na relação laboral, além da insegurança e instabilidade que impõe aos trabalhadores, é agravada pela desvalorização salarial.
Este relatório aborda a precariedade, apresentando diagnósticos e soluções que representam um avanço social e político. Acompanhamos, os muitos pontos positivos que o relatório apresenta, como a defesa da contratação coletiva, a necessidade de reforço das estruturas representativas e dos sindicatos e do seu envolvimento activo na definição das políticas e legislação laboral, ou o aumento da fiscalização e combate à precariedade, ou a defesa de serviços públicos gratuitos e de qualidade nomeadamente na saúde e educação.
No entanto, rejeitamos em absoluto as noções intoleráveis que a direita procurou introduzir, desde a flexibilidade laboral, à individualização de direitos, à validação da precariedade como uma necessidade em função dos interesses dos patrões. A precariedade existe, está regulamentada pelas políticas laborais de direita e é um instrumento de exploração dos trabalhadores!