Falar da implementação da declaração de Istambul e do combate a toda e qualquer forma de violência contra a mulher, exige ir bem para lá do que sejam meras declarações de intenções.
Exige a implementação de opções políticas que a União Europeia tem contrariado.
Exige a criação de equipamentos de apoio, no quadro de uma política pública suportada no investimento em serviços públicos e nas funções sociais do estado.
Exige olhar para a violência em todas as suas formas, seja a violência no trabalho, nos elevados índices de exploração e precariedade. Seja reconhecer a violência da pobreza, ou a violência que se traduz nas inaceitáveis pressões sobre a maternidade e os direitos que lhe estão associados e tantas vezes negados.
Exige afirmar a prostituição como grave forma de violência e exploração das mulheres, que alguns agora querem legalizar e legitimar em Portugal.
Garantir a protecção das mulheres vítimas de violência exige respostas públicas que façam aumentar os meios e as respostas efectivas do Estado e intervir na prevenção das suas causas económicas, sociais, psicológicas e culturais.