Declaração de voto de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre o campo de refugiados de Dadaab

O campo de refugiados de Dadaab foi criado em 1991 como uma solução temporária para os que procuravam abrigo e os que fugiam de perseguições, violência e instabilidade na região da África Oriental e, nomeadamente, para os que fugiam da guerra civil na Somália. Em 2011, o recrudescimento dos conflitos e a fome localizada levaram milhões de pessoas a sair da Somália, resultando na chegada em massa de refugiados a Dadaab.
Expressamos a nossa preocupação pelo facto do campo de refugiados de Dadaab poder vir a encerrar. Defendemos o envolvimento da ONU e da União Africana em articulação e diálogo com o Governo Queniano para procurar as soluções necessárias a acautelar os interesses das dezenas de milhar de pessoas que ali se encontram.
A resolução omite, contudo, a interferência e a intervenção de terceiros e os interesses económicos e geoestratégicos da União Europeia, da NATO e de outras potências ocidentais na região, como factores que contribuem para que o Corno de África seja uma das regiões mais afetadas por conflitos em todo o mundo. Louva, lamentavelmente, as políticas migratórias da UE com países terceiros, que visam promover o aumento das capacidades para o regresso dos refugiados aos seus países de origem e o controlo das fronteiras.

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