O PCP condena os bombardeamentos ontem efectuados pelas Forças Armadas dos EUA no Afeganistão e no Sudão, que não podem separar-se da tentativa de desviar as atenções das dificuldades internas em que se encontra o Presidente norte-americano.

Com o pretexto de combater o terrorismo e "punir" os autores dos condenáveis atentados bombistas contra as Embaixadas norte-americanas em Nairobi e em Dar-es-Salam , os EUA persistem na aberta violação da legalidade internacional, arrogam-se o direito a acções unilaterais arbitrárias em qualquer ponto do mundo, desencadeiam operações de autêntico terrorismo de estado.

O PCP chama a atenção para o perigoso jogo entre o imperialismo norte-americano e o integrismo islâmico terrorista, cujos presumidos chefes são em geral - como no caso de Bin Laden - criações suas, como o são também em medida decisiva as ditaduras obscurantistas instaladas no Sudão e no Afeganistão. Pretextando combater o terrorismo, de facto, com tais acções os EUA estimulam-no e alimentam-no.

Embora considerando-os actos "unilaterais" o Governo Português terá demonstrado "compreensão" pela agressão dos EUA no Sudão e Afeganistão. O PCP considera negativa e perigosa uma tal posição. Portugal tem de demarcar-se com clareza da política agressiva dos EUA e recusar com firmeza o envolvimento do nosso país em aventuras militares para que pretendem arrastar-nos no quadro da NATO, da UEO ou qualquer outro, nomeadamente em relação à complexa situação no Kosovo.