Declaração de Duarte Alves, Deputado

Sobre a auditoria ao Novo Banco

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Com um mês de atraso, foi finalmente entregue o relatório de auditoria ao Novo Banco.

Sem que conheçamos ainda o conteúdo do relatório, foi já tornado público que foram apuradas perdas, com prejuízo para o Estado, superiores a 4 mil milhões de euros.

É preciso ressalvar que a auditoria só abrange operações até 31 de Dezembro de 2018, o que significa que este valor será certamente maior, se for tido em conta actos de gestão nos anos de 2019 e 2020.

Com o envio, por parte do Governo, desta auditoria para o Ministério Público, devem ser apuradas todas as responsabilidades judiciais dos actos de gestão danosa no Novo Banco.

Mais uma vez se confirma que o escândalo do BES continua com o Novo Banco.

Desde logo, com a fraudulenta resolução pelo Governo PSD/CDS, em que se mentiu aos portugueses dizendo que era possível resolver o banco com o que restava dos fundos da troika, separando o suposto “banco bom” do “banco mau”.

E depois com a ruinosa privatização pelo Governo PS, entregando a custo zero o Novo Banco a um fundo abutre que continua a gerir os activos de acordo com os seus interesses e por forma a utilizar toda a verba dada como garantia, ou se possível ultrapassá-la.

Desde 2018 que o PCP tem vindo a denunciar a gestão danosa por parte da actual administração dos activos do Novo Banco, com prejuízo para o Estado.

Estas perdas, hoje divulgadas, revelam mais uma vez que o PCP tinha e tem razão quando afirma que, uma vez que o Estado continua a pagar a conta da limpeza do Novo Banco, este deve ser revertido para a esfera pública, colocando-o ao serviço do país e da economia nacional.

Quanto mais cedo se avançar com o controlo público sobre o Novo banco, mais cedo se acaba com a gestão danosa, que acaba sempre por ser paga pelos portugueses.

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