Intervenção de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre a aplicação da Europa para os cidadãos

Este programa assenta em pressupostos inaceitáveis e dos quais que nos distanciamos em absoluto.
Por um lado, o branqueamento da história e das políticas da UE, impondo artificialmente uma identidade europeia, que não existe. Procura-se a fabricação de um sentir que, num momento de profunda crise na e da UE, está muito longe do legítimo e justo distanciamento dos povos do projecto de integração europeu.
Por outro lado, reafirmamos os objectivos de falsificação da realidade histórica, branqueando o nazi-fascismo e a sua natureza de classe, equiparando fascismo e comunismo, legitimando a criminalização e ilegalização dos movimentos comunistas.
Omite-se que o antifascismo esteve e está na essência da acção e luta libertadora dos comunistas, pela qual milhões deram as vidas, ou da luta pela Democracia, como em Portugal o fizeram o PCP e os comunistas portugueses. Deliberadamente procura-se ocultar o contributo inigualável da revolução soviética e de outras experiências de construção de uma sociedade socialista, para progresso e os avanços sociais em todas as áreas da vida, em todo o mundo.
O apelo ao maior nível de execução do subprograma “memória europeia” e as comemorações que até 2020 serão elegíveis para financiamento, dizem bem do ajuste de contas com a história e do anticomunismo que norteiam este programa.

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