Declaração de voto de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Sobre o Acordo de Parceria e de Cooperação UE-Iraque

O Acordo de Parceria e Cooperação UE-Iraque proporciona um quadro jurídico que abrange o “diálogo” político regular, o “diálogo político e cooperação” no domínio da política externa e de segurança, as relações comerciais, a “cooperação” regulamentar, a “ajuda ao desenvolvimento”.
Está bem latente, a intenção da UE em reforçar a sua influência no contexto regional e global. Inevitavelmente, reveste-se de condicionalidades nomeadamente no contributo da UE para uma dita transição do Iraque para a democracia e o Estado de Direito, transição norteada, claro, não pelos interesses do povo iraquiano, mas dos interesses que melhor sirvam a UE.
O Acordo compreende um acordo comercial não preferencial e disposições de cooperação em vários domínios, como: energia, transportes, investimento, direitos humanos, educação, ciência e tecnologia, justiça, liberdade e segurança (incluindo a cooperação em matéria de migração e asilo), ambiente, desenvolvimento regional ou cooperação cultural.
Entendemos ainda que o que está por trás deste Acordo de Parceria e Cooperação entre a UE e o Iraque não é qualquer preocupação com o povo iraquiano e o seu caminho de desenvolvimento, mas única e exclusivamente os interesses políticos, económicos, comerciais, estratégicos da UE, que visam a exploração e saque do Iraque, das suas riquezas e do seu povo.
Votámos contra. 

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