Ahmad Sa’adat, secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina, foi condenado a trinta anos de prisão por um tribunal militar israelita por lutar pela liberdade do povo palestiniano, por resistir à ilegal ocupação da sua pátria, por denunciar os crimes de que os palestinianos são vítimas. Uma sentença ilegal e ilegítima, proferida por um tribunal militar do Estado que é potência ocupante e que, afrontando o Direito Internacional, prossegue uma política de colonização e opressão.
Ahmad Sa’adat tem sido submetido às mais violentas e severas condições, como muitos outros presos políticos palestinianos. Actualmente, estão encarcerados por Israel cerca de 6 mil presos políticos palestinianos, homens, mulheres, crianças, que estão presos por defenderem a sua terra contra o avanço da colonização, por resistirem às violências e humilhações quotidianas, por lutarem pelo seu direito a viver em paz, de forma livre e soberana, na sua pátria.
A demagógica invocação dos direitos humanos por parte da UE em diversas circunstâncias não esconde as ocasiões, como esta, em que estes direitos humanos são ignorados e desprezados, mantendo a UE até hoje uma relação privilegiada com o Estado de Israel.

Pergunto ao Conselho que consideração lhe mereceu o caso de Ahmad Sa’adat, e que consequências práticas dele pensa retirar para as relações UE-Israel.