Declaração de voto de Miguel Viegas no Parlamento Europeu

Semestre Europeu para a coordenação das políticas económicas: aspectos sociais e relativos ao emprego na análise anual do crescimento para 2017

O semestre europeu confirma mais uma vez a sua verdadeira natureza com mais um ciclo de austeridade e de políticas neoliberais. 25 Anos após a aprovação do tratado de Maastricht, é hoje por demais evidente que o euro e os seus instrumentos de governação económica não cumpriram minimamente com as promessas de estabilidade, crescimento económico e coesão.

O euro é hoje reconhecido como um instrumento de divergência que desarticulou grande parte das economias dos estados membros, impondo cortes no investimento, privatizações e ataques às funções sociais do estado e aos seus serviços públicos. O euro não serve as economias do Sul.

Não há pilar social ou outra manobra dilatória que negue este facto. O euro representa um instrumento política destinado a forçar a aplicação da agenda neoliberal da UE ao nível de cada estado membro. Representa hoje parte do problema é não da solução. Neste sentido, entendemos que a libertação de Portugal dos constrangimentos do euro representa uma condição necessária para voltar a colocar o nosso país num novo rumo de desenvolvimento.

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