Intervenção de Rui Fernandes, membro da Comissão Política do Comité Central, Sessão Pública «O controlo público do Sector Financeiro e de empresas estratégicas»

Saudação de abertura

Começo por saudar em nome da DORS todos os camaradas e amigos presentes.

Tendo em conta a situação nacional, o quadro político, económico e social que apresenta, decidiu o PCP avançar com uma «Acção nacional por uma política patriótica e de esquerda – a força do povo por um Portugal com futuro» na qual se insere a iniciativa que hoje aqui tem lugar no quadro da semana que por toda a península de Setúbal é dedicada aos sectores estratégicos e que envolve um vasto conjunto de encontros, visitas e outras iniciativas de contacto com empresas, estruturas representativas de trabalhadores e acções junto das populações.

Uma acção integrada na intervenção mais geral do PCP pela ruptura com a política de direita e a identificação dos eixos e prioridades de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, cada vez mais urgente face ao caminho de declínio para onde o país tem sido arrastado.

Estamos no concelho do Barreiro e na península de Setúbal que constituem exemplos bem vivos do que tem sido a política de direita de destruição de sectores estratégicos, no quadro de uma política de capitulação nacional face aos interesses externos e ao directório das grandes potências da União Europeia.

Uma região onde, tomando como referência o tempo de vigência formal do Pacto de Agressão assinado pelo PS, PSD e CDS-PP, e segundo os dados oficiais, de Maio de 2011 a Maio de 2014 foram destruídos 22 800 postos de trabalho.

Partimos para esta acção nacional com propostas, porque ao contrário do que afirmam os autores da política de direita e os seus comentadores e analistas, o PCP sempre foi um Partido de proposta.

Mas se partimos com propostas também partimos com a disponibilidade de ouvir outros, de ter em conta sugestões e contributos que ajudem e possam contribuir para a ruptura com a política de direita, porque a ruptura com essa política constitui não só um imperativo nacional, mas cada vez mais uma condição para assegurar um Portugal com futuro, um Portugal que retomando os Valores de Abril abra novos horizontes de esperança, progresso e justiça social.

Novos horizontes que tem de ter presente que está, e estará sempre nas mãos dos trabalhadores e do povo, a construção do seu próprio futuro, o inalienável direito do povo português decidir do seu futuro colectivo.