Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Comício «Luta e confiança - Por um Portugal com Futuro»

O rumo de desenvolvimento soberano e progresso social exige a ruptura com as imposições da União Europeia

O rumo de desenvolvimento soberano e progresso social exige a ruptura com as imposições da União Europeia

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No comício realizado em Santarém, Jerónimo de Sousa sublinhou que "estes últimos dias de pressões e de chantagem tornaram mais claro para o País e os portugueses que o rumo de desenvolvimento soberano, progresso social e criação de emprego de que Portugal precisa exige a ruptura com as imposições da União Europeia e outros constrangimentos externos".

"Tínhamos já afirmado, aquando da apresentação do esboço do Orçamento, entretanto entregue em Bruxelas, que os constrangimentos e condicionamentos que estão presentes na orientação da sua elaboração, eram motivo de preocupação, já que podem comprometer a resposta a que o povo português aspira, nomeadamente as amarras e limitações externas que persistem e que impedem a libertação do País de forma a afirmar o seu desenvolvimento soberano" disse.

"Ontem mesmo ficámos a saber que eles não desarmam no seu objectivo de fazer regredir o caminho da inversão das políticas de empobrecimento popular e da exploração do trabalho destes últimos anos. As ameaças veladas no final da reunião do Eurogrupo e as novas medidas ditas de austeridade que já exigem revelam que este é um combate que não só exige muita firmeza e determinação para garantir a defesa do interesse do País e do nosso povo como confirmam a necessidade de dar força a uma política de efectiva ruptura com os constrangimentos externos que atam o País e por fim ao caminhos dos que só conhecem a linguagem das imposições, da sujeição de tipo colonial na relação entre países iguais" afirmou.

O Secretário-Geral referiu ainda que "embora com a plena consciência que a solução para os problemas do País não dispensam, bem pelo contrário exigem, a indispensável ruptura com a política de direita e a concretização de uma política patriótica e de esquerda, nós continuamos a estar como sempre temos estado, empenhados na procura das soluções e tomada de medidas que correspondam a legítimas aspirações dos trabalhadores e do povo português a uma vida melhor. É nesse sentido que agora vamos trabalhar de forma empenhada e séria, durante todo o processo, que agora se abre de debate para que o Orçamento possa corresponder o melhor possível a essas aspirações e expectativas, sabendo que este não é o Orçamento do PCP, mas o Orçamento do Governo do PS".