«Coragem» e «verdades» nas ruas de Olhão

A Ria Formosa é do povo

A Ria Formosa é do povo

Nas ruas de Olhão, esta tarde, várias pessoas cumprimentaram Jerónimo de Sousa saudando a coragem de dizer verdades que vão ao encontro do descontentamento e do protesto perante injustiças gritantes que resultam da política de direita, acentuada pelo actual Governo.

Antes de arrancar a arruada da CDU, junto à estação dos correios, Paulo Sá fez uma breve declaração à comunicação social sobre os números da execução orçamental, hoje tornados públicos pela Direcção-Geral do Orçamento, salientando que a prometida «devolução da sobretaxa» é afinal um embuste que fica cada mais mais evidente. O deputado do PCP e cabeça de lista da CDU pelo círculo de Faro afirmou a necessidade de mudar de rumo também na área fiscal e pôr em prática as medidas que a coligação PCP-PEV tem proposto, para aliviar a carga imposta aos trabalhadores e aos pequenos e médios empresários, taxando com mais justiça os rendimentos do grande capital.

O desfile de candidatos e apoiantes, que transportou a mensagem e as palavras de ordem da CDU pelas ruas pedonais, foi recebido com simpatia pelas pessoas nas esplanadas e à porta das lojas. Terminou junto aos mercados, num palco móvel, onde o candidato Filipe Parra Martins chamou para junto de si José Raimundo, mariscador olhanense que integra a lista da CDU, o vereador do PCP na CM de Olhão, Sebastião Coelho, e, por fim, Paulo Sá, Heloísa Apolónia, dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes», e Jerónimo de Sousa.

O Secretário-Geral do PCP dedicou a maior parte da sua breve intervenção aos problemas que hoje preocupam os pescadores, mariscadores e habitantes das ilhas da Ria Formosa. A ameaça de demolição de casas, acusou, não surge para uma política de reordenamento do território, mas sim para entregar esta riqueza natural aos interesses da especulação, à exploração do grande capital.

A CDU e o PCP, contrapôs Jerónimo de Sousa, exigem que sejam defendidos os interesses daqueles que ali trabalham e vivem, para fomentar o emprego e o desenvolvimento da economia local e a sobrevivência das famílias. «A Ria Formosa é do povo, é de quem lá está e de quem lá trabalha», afirmou, sob fortes aplausos.

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