O "Pacto Ecológico Europeu" instrumentaliza genuínas preocupações ambientais dos povos com o objectivo de intensificar a acumulação capitalista, alargando-a a novos campos, transformando em negócios essas preocupações ambientais, sem resolver os problemas que lhes estão subjacentes.
A revisão das orientações relativas às infraestruturas energéticas transeuropeias terá necessariamente de passar pela rejeição da liberalização e da privatização do sector estratégico, se realmente quiser ser consequente com os objectivos a que se propõem, no que às questões climáticas diz respeito.
No nosso entender, a energia deve ser considerada um bem público. O controlo público e democrático sobre o sector de energia é um requisito fundamental para garantir um sector mais sustentável em várias dimensões, designadamente a ambiental, a social e a económica. É por esta razão e pela possibilidade de discutir uma nova estratégia que liberte este sector dos oligopólios energéticos que votamos a favor da resolução.