Esta resolução difunde uma visão grosseiramente manipulada da situação na Ucrânia, um acto de propaganda que em vez de contribuir para apaziguar tensões existentes e contribuir para a resolução do conflito na região do Donbass, vem deitar mais lenha para a fogueira. E branqueia as responsabilidades da UE, EUA e NATO na promoção da agressão por parte do regime ultranacionalista e fascista contra a resistência popular e patriótica e os crimes perpetrados contra as populações e a destruição de infra-estrutura civil fundamental. É urgente encontrar uma solução para o conflito, com diálogo directo entre as partes,  que tem de passar pelo reconhecimento do estatuto beligerante à resistência popular, tendo em vista o estabelecimento de um processo de paz real e inclusivo, bem como o inalienável direito de resistência à opressão.

Com o objectivo de legitimar o regime golpista na Ucrânia e a acção daqueles que, como a UE, o apoiam e promovem - recorde-se a assinatura do Acordo de Associação UE-Ucrânia -, encobre-se que as eleições subsequentes ao golpe decorreram num quadro de permanentes violações dos direitos civis e políticos, com a perseguição generalizada e a repressão da população, particularmente do Partido Comunista da Ucrânia, com um processo judicial de ilegalização em curso.