Declaração de voto de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Resolução sobre a situação na Líbia

Não foi para melhorar ainda mais as condições de vida desse povo que a NATO, os EUA e os seus aliados da UE e da região promoveram a ingerência e a agressão à Líbia. Não se preocuparam com as consequências quando instigaram o conflito interno para procurar justificar a violação da sua soberania e independência, atacando o país a reboque da imposição de uma hipócrita zona de exclusão aérea. No seu horizonte estava uma das maiores reservas de petróleo do mundo, as maiores de África, só isso importava. Para alcançar os seus objectivos, armaram, financiaram, abriram as portas do país à entrada de mercenários e outos grupos como a Al-Qaeda, vindos de vários países para balcanizar, acicatar divisões entre clãs e tribos que viviam em coexistência pacífica. O resultado está à vista.
As forças de direita e da social-democracia mostram-se hipocritamente alarmadas com a insegurança geral vivida e com a permanente chegada de imigrantes às costas dos países da UE a quem continuam a criminalizar e a deixar morrer no mar ou em terra.
Mas a sua resposta é mais do mesmo, com a ingerência do Serviço de Acção Externa, uma mais ampla missão da PCSD e a militarização da presença da UE na Líbia.

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