Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Resolução comum sobre a Líbia

Resolução comum sobre a Líbia

Manifestamos a nossa profunda inquietação relativamente aos mais recentes acontecimentos na Líbia, mas defendemos a resolução pacífica e política do conflito, sem ingerências externas. Ora, lamentavelmente, a Resolução do PE defende a intervenção militar, dado que não pode haver zona de exclusão aérea sem intervenção militar.

Por isso, esta resolução, em vez de contribuir para uma solução pacífica, parece visar a preparação de actos de agressão, pelos EUA, a NATO e talvez da União Europeia, contra a Líbia, pelo que expressamos a nossa firme oposição a qualquer intervenção militar externa neste país .

Qualquer agressão contra a Líbia, independentemente dos pretextos e “mandatos”, teria graves consequências para um povo que vive já numa situação de profunda tensão e insegurança; seria profundamente prejudicial para todos aqueles que, na Líbia, prosseguem a luta pelos seus direitos, a democracia, a soberania e a paz e introduziria sérios factores de instabilidade e conflito na região.

Qualquer agressão militar pelos EUA e seus aliados – inseparável dos seus objectivos de controlo dos recursos naturais líbios - seria direccionada não só contra o povo Líbio, mas contra todos os povos da região que se levantaram e prosseguem a luta pelos seus direitos sociais e políticos, pela liberdade, a democracia e a real soberania e independência dos seus países. São lutas que apoiamos. Por isso, votámos contra a Resolução.

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