Requerimento

Audição do Ministro da Saúde sobre os 700 médicos que ficaram sem acesso à formação médica especializada

Audição do Ministro da Saúde sobre os 700 médicos que ficaram sem acesso à formação médica especializada

No passado dia 26 de maio foi publicado em Diário da República a lista de vagas de ingresso no Internato Médico de 2017, tendo sido disponibilizadas 1758 vagas. Destas 1758, 1.252 são hospitalares, 462 para medicina geral e familiar e 44 de saúde pública.

Segundo notícias vindas a público, “quase um terço dos médicos recém-formados não conseguiu vaga para a sua especialização”, ou seja, 708 dos 2.466 jovens médicos candidatos ao concurso ficarão sem acesso à formação especializadas.

Esta situação não é nova, desde 2015 que há jovens médicos que não acedem à formação médica especializada.

O não acesso à formação médica especializada implica a criação em Portugal de um conjunto de médicos indiferenciados, significando isso a redução de direitos desses profissionais e também problemas ao nível dos cuidados de saúde que serão prestados à população.

Desde 2015 que temos exigido que sejam tomadas medidas urgentes para resolver este problema, como sucedeu em sede de orçamento do Estado para 2017 e que está inscrita na lei do orçamento.

Atenta às consequências que esta matéria tem para os profissionais, mas também para a prestação de cuidados de saúde e para o Serviço Nacional de saúde, entende o Grupo Parlamentar do PCP que o Governo precisa de prestar esclarecimentos à Assembleia da República, neste sentido, requer a audição do Ministro da Saúde com carácter de urgência sobre as iniciativas tomadas para dar cumprimento à norma inscrita no orçamento do estado e sobre o processo de candidatura para o internato médico 2017/2018 e a possibilidade de ficarem sem acesso à formação especializada de mais de 700 jovens médicos.

Assembleia da República, 1 de junho de 2017

  • Saúde
  • Trabalhadores
  • Assembleia da República