Este é um relatório que, embora dirigido à criação de emprego no sector dos serviços, com algumas referências positivas, como o reconhecimento do contributo valioso que o sector cooperativo de serviços, desenvolvido e dinâmico, pode representar para a produção de serviços, a defesa da promoção de políticas de apoio a sectores específicos dos serviços, tendo em conta as suas vantagens e as necessidades das regiões, acaba, depois, por entrar nas áreas complexas do Conselho da Competitividade, a quem convida a dar a máxima prioridade à criação de um mercado interno para os serviços, sem distinguir entre serviços públicos e outros serviços. No entanto, há denúncias importantes que o relatório faz, designadamente quanto às condições de trabalho em certas áreas, com baixos salários, fracas qualificações e discriminações, designadamente das mulheres. Ou, ainda, da pressão sobre os serviços públicos devido aos cortes orçamentais nas áreas sociais. Mas, depois, não é coerente nas propostas para alterar estas situações , mantendo-se numa posição de ziguezague que não clarifica uma posição firme para garantir efectivamente a criação de mais empregos com direitos nas várias áreas dos serviços, nem assume uma posição firme na defesa de serviços públicos de qualidade. Daí o voto final de abstenção.