&quot;A contento de todos&quot;<br />Ruben de Carvalho no &quot;Diário de Notícias&quot;<span class="titulo2"><span class="titulo2"><span class="titulo2">

Bizarra é o termo que apetece para a presença de José Eduardo Moniz anteontem nos ecrãs da TVI. Esqueçamos piedosamente a fórmula da «entrevista» pelo pivot, desnecessária recordação do que era seguramente das menos respeitáveis soluções dos programas de Rebelo de Sousa. Por outro lado, sendo evidente que a saída ou entrada de um director de informação - como de qualquer responsável superior de um órgão de comunicação social - nunca é um facto irrelevante, pareceria conveniente manter um certo sentido das proporções.Entretanto, na versão escrita do Expresso, Miguel Pais do Amaral terá garantido «a independência da informação face à administração da empresa», informação que, «assim sendo, caberá exclusivamente ao director de informação, nomeadamente a escolha de colaboradores e comentadores». Ora, assim sendo, o que parece é que Miguel Pais do Amaral garantiu a independência a José Eduardo Moniz, o que, convenhamos, não é exactamente a mesma coisa. Parece um pouco repolhudo o anúncio de que vai haver um documento «como um código das relações entre o director e a administração», mas enfim. Na circunstância, a solução pode conter virtualidades e é sem dúvida uma mais-valia considerável para uma programação que conta já, p.e., com a Quinta das Celebridades. Um final que parece satisfatório para José Eduardo Moniz. Mas, à primeira vista, e ainda bem, não parece nada mau para Pais do Amaral.

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