Os "amigos" do Euro

«Associação para a União Monetária Europeia

A AMUE foi criada em Outubro de 1987 pelos industriais Europeus, que concordaram com os objectivos estabelecidos para a estabilidade monetária e a moeda única, para o sucesso do Mercado Único.

O presidente da Associação é o Visconde Etienne Davignon, presidente da Sociedade Geral da Bélgica, que é assistido por Giovanni Agnelli, presidente da Fiat e François-Xavier Ortoli, primeiro presidente da Comissão Europeia. O secretário-geral é Bertrand de Maigret.

As companhias e os bancos que são membros activos da Associação empregam globalmente 7 milhões de pessoas. Um número muito elevado de pequenas e médias companhias participam nas actividades da AMUE através dos seus membros activos das organizações profissionais, tais como a Confindustria italiana, a Federação das Indústrias da Alemanha, Grécia e Suécia, as Câmaras do Comércio francesas, a Confederação irlandesa de negócios e emprego, a Confederação espanhola das organizações de trabalhadores, etc.

 

Etienne Davignon, presidente da Societe General de Belgique
Giovanni Agnelli, presidente honorário da FIAT
François-Xavier Ortoli, presidente honorário da TOTAL
Jean-René Fourtou (director para a França), presidente da Rhone-Poulenc
Hilmar Kopper (director para a Alemanha), presidente da direcção do Deutsche Bank
Sergio Pininfarina (director para Itália), membro da direcção da Confindustria
Theodore Papalexopoulos (director para a Grécia), vice-presidente da Titan Cement
Joseph Kinsch (director para o Luxemburgo), presidente da ARBED
Belmiro de Azevedo (director para Portugal), presidente da SONAE Investimentos
Birger Riisager (director para a Dinamarca), presidente da FLS Industries
Tom Hardiman (director para a Irlanda), presidente da IBM Irlanda
Dudley Eustace (director para Holanda), vice-presidente executivo e sub-director financeiro da Philips
Carlos Ferrer (director para Espanha), presidente da Ferrer Internacional
Martin Taylor (director para o Reino Unido), Chefe Executivo de Grupo do Barclays Bank
Max Kothbauer (director para a Áustria), vice-presidente da Creditanstalt-Bankverein
George Ehrnrooth (director para a Finlândia) presidente da Metra Corporation & Ceo
Melker Schörling (director para a Suécia), presidente e chefe executivo de Grupo da Skanska
André Leysen, presidente da AGFA-Gevaert
Spyro Latsis, presidente do Euromerchant Bank
Paul Mentre, secretário executivo do Comité para a União Monetária da Europa
Uwe Plachetka, secretário executivo do Comité para a União Monetária da Europa
Carl H Hahn, membro da direcção de supervisores do Grupo Volkswagen
Alexandre Vaz Pinto, vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos
Jose Maria Amusategui, presidente do Banco Central Hispanoamericano
Philipp Lagayette, chefe executivo de grupo da Caisse des Depots et Consignations
Björn Svedberg, presidente do Skandinaviska Enskilda Banken & Ceo
François Perigot, presidente da UNICE
Karl-Herman Baumann, vice-presidente executivo da Siemens

 

Agfa-Gevaert
Airbus Industrie
Alcatel
Banco de Fomento e Exterior
Banco Central Hispanoamericano
Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa
Banco Nacional Ultramarino
Banco Português de Investimento
Banco Português do Atlântico
Barcelo Grupo
B.A.T. Industries
Bosch
Caisse des Depots et Consignations
Confindustria
Daimler Benz
Dresdner Bank
Electricite de France
Energia e Industrias Aragonesas
Euromerchant Bank
Fiat
Instituto per la Ricostruzione Industriale
Larios
March Grupo
Mckinsey
Paribas
Philips
Promotora de Informaciones
Rhone-Poulenc
Siemens
Solvay
Sonae
Soporcel
Total
Volkswagen»

 

«(...) Mas apesar dos elevados custos previstos, Ruy de Carvalho salienta que a posição da APS sobre a adopção do Euro é positiva e coincide com a da generalidade das associações Europeias e do Comité Europeu de Seguros.»

Ruy de Carvalho, presidente da Associação Portuguesa de Seguros (APS) — Correio da Manhã — 23 de Janeiro de 1997

 

«Já Belmiro de Azevedo se mostrou verdadeiramente entusiasmado com a UEM. "Temos de optar por um modelo liberal" reafirmou o empresário nortenho, assumindo ser "uma cunha que pede aos deputados".

Para o empresário, se é muito difícil preparar sobre a moeda única um referendo significativo, é certo que esta trará grandes vantagens para as empresas, já que arrasta a inevitável liberalização do mercado de trabalho.

Uma liberalização que, em seu entender, é necessária e que deveria ser assegurada através da eliminação de barreiras ancilosadas, seja a existência de impostos como a sisa e o selo, ou de uma Lei de Rendas desactualizada. Tudo factores que entravam a mobilidade de pessoas e de empresas.»

Belmiro de Azevedo — Diário de Notícias — 9 de Abril de 1997

 

«Na fase de adaptação das empresas e do sistema financeiro, o catedrático afirma que as companhias de hardware e software vão ganhar a rodos. Os investimentos deverão rondar metade do PIB português. O banco britânico BZW calcula em 4302 milhões de contos os custos das transformações informáticas que o Euro acarreta, a que se acrescentam outros 2,6 mil milhões de contos provocados pelo "problema do milénio" (a introdução nos computadores de numeração para o ano 2000 e seguintes).

Ramón Tamames, catedrático espanhol — Trabalho sobre «União Monetária Europeia: Euro, sector financeiro e desenvolvimento económico»
Expresso — 28 de Março de 1997

 

«Manter o empenho de Portugal no objectivo de adesão à União Económica e Monetária na primeira velocidade.»

Associação Industrial Portuense — Público — 26.2.97