Com esta discussão, estamos mais uma vez confrontados com os compromissos dos grandes partidos com os centros de decisão do poder económico das multinacionais e da finança.
Apesar dos escândalos fiscais que revelam ao mundo todo o ecossistema que promove a opacidade e o anonimato, a União Europeia continua condicionada e cada proposta enfrenta resistência que trava medidas elementares e mitiga o seu alcance.
Esta proposta de revisão da diretiva contra o branqueamento de capitais é a demonstração eloquente do pântano que a que UE está metida em função dos seus compromissos com o grande capital. Os beneficiários efetivos das fundações continuarão incógnitos e mesma a sua identificação pública no quadro do registo das empresas fica condicionado a uma quota de participação de 25% permitindo assim furtar-se ao cumprimento da diretiva.
São apenas dois exemplos que demonstram que a voz das multinacionais continua a falar mais alto neste parlamento. É por isso que cada peça legislativa fica sempre muito aquém do necessário.