Intervenção de Miguel Viegas no Parlamento Europeu

Prevenção da utilização do sistema financeiro para efeitos de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo

Com esta discussão, estamos mais uma vez confrontados com os compromissos dos grandes partidos com os centros de decisão do poder económico das multinacionais e da finança.
Apesar dos escândalos fiscais que revelam ao mundo todo o ecossistema que promove a opacidade e o anonimato, a União Europeia continua condicionada e cada proposta enfrenta resistência que trava medidas elementares e mitiga o seu alcance.
Esta proposta de revisão da diretiva contra o branqueamento de capitais é a demonstração eloquente do pântano que a que UE está metida em função dos seus compromissos com o grande capital. Os beneficiários efetivos das fundações continuarão incógnitos e mesma a sua identificação pública no quadro do registo das empresas fica condicionado a uma quota de participação de 25% permitindo assim furtar-se ao cumprimento da diretiva.
São apenas dois exemplos que demonstram que a voz das multinacionais continua a falar mais alto neste parlamento. É por isso que cada peça legislativa fica sempre muito aquém do necessário.

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