Aqueles que mandam na União Europeia, para continuarem a fazer o que sempre fizeram, precisam pelo menos de fingir que ouvem o que dizem os povos da Europa e que os levam a sério.

Bem podia ser este o lema desta farsa.

Os mesmos que aprovaram tratados nas costas dos cidadãos, que proibiram referendos quando os resultados se tornaram inconvenientes, que desrespeitaram os resultados de referendos, aparecem agora muito interessados em ouvir a opinião dos cidadãos, numa encenação formatada à medida dos resultados que se querem obter e que foram decididos à partida.

Estamos aqui para discutir o futuro da Europa, sim. E por isso, recusamos esta farsa.

Estamos aqui para discutir o futuro da Europa, mas sem encenações que pretendem esconder decisões já tomadas.

Estamos aqui sobretudo para lutar por uma outra Europa. Não a Europa das multinacionais e dos grupos económicos, mas a Europa dos trabalhadores e dos povos. Não a Europa do militarismo, mas a Europa da Paz. Não a Europa das imposições dos mais poderosos, mas uma Europa de Estados soberanos e iguais em direitos.