Pergunta Escrita à Comissão Europeia de Miguel Viegas no Parlamento Europeu

Portas giratórias na Comissão Europeia

Um estudo publicado recentemente do Observatório Corporativo Europeu, fundação independente que monitoriza a influência dos grupos financeiros e de lobby na formulação de políticas da EU, revela números no mínimo preocupantes sobre as chamadas “porta giratória” entre a Comissão Europeia e os grupos financeiros. De acordo com o estudo, um terço dos funcionários que ocuparam cargos de topo na Direcção-Geral da Estabilidade Financeira, dos Serviços Financeiros e da União e Mercados de Capitais (DG FISMA) no período de 2008 a 2017, ou vêm da indústria financeira ou foi empregue por ela depois da sua passagem na Comissão Europeia. Dos cinco ex-diretores, que entretanto deixaram o cargo na Comissão Europeia, quatro foram trabalhar para empresas que antes supervisionavam ou para empresas de lobby que as representam.
Esta situação, segundo o estudo revela que um número significativo de funcionários da DG FISMA pode não ter a necessária neutralidade para com as entidades que deveriam regular havendo o risco de que sejam indevidamente simpáticos para o sector financeiro privado.
Pergunto à Comissão Europeia se tem conhecimento deste estudo, que avaliação faz dele e que medida pensa tomar para evitar esta promiscuidade entre o setor da banca privada e os serviços da DG FISMA.

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