Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Política de integridade da Comissão, em especial a nomeação do Secretário-Geral da Comissão Europeia

A política dita de integridade e de transparência da Comissão Europeia pode resumir-se nisto: a Comissão Europeia está integralmente ao serviço dos interesses económicos e financeiros que, a todo o momento, determinam a sua acção e os conteúdos das suas suas iniciativas. E não há constatação mais cristalina e transparente do que esta.

A incondicional defesa destes interesses exige, com frequência, a obscuridade de procedimentos que nenhum código de ética ou política dita de transparência pode iluminar por completo.

Esta falta de integridade e de transparência não é algo de episódico, é, pelo contrário, algo de estrutural. Por muito chocantes que possam ser – e são – alguns dos episódios que vão revelando esta realidade estrutural. Mas é esta realidade estrutural – a da fusão entre o poder económico e o poder político – que deve ser combatida, mais do que a sua mera manifestação episódica.

Seja o caso do ex-presidente da Comissão Europeia e lobista da Goldman Sachs que procura influenciar comissários, seja o expediente que, oportunamente, guindou ao topo da burocracia da UE o todo-poderoso chefe de gabinete do presidente da Comissão Europeia.

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