Declaração de Duarte Alves, Deputado do PCP à Assembleia da República

PCP propõe controlo público imediato do Novo Banco

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No Orçamento de Estado para 2020, o PCP apresentou uma proposta para que não fosse entregue nem mais um cêntimo ao Novo Banco, sem que se garantisse o início do processo de recuperação do seu controlo público. Essa proposta foi rejeitada por PS, PSD e CDS e soubemos recentemente que a transferência de 850 milhões de euros já foi feita, mesmo nas atuais circunstâncias que o país enfrenta, ainda por cima sem que o Governo tenha cumprido com aquilo que se comprometeu, que era esperar pelos resultados da auditoria.

Esta transferência demonstra que os portugueses continuam a entregar milhões de euros para o buraco sem fundo do Novo Banco e depois o banco continua a ser privado e não é assegurado o seu controlo público.

Estando feita a transferência para 2020, o PCP propõe, agora, que se inicie de imediato o processo de reversão do Novo Banco para a esfera pública, colocando-o ao serviço do país. Propomos, ainda, que seja feita uma avaliação extraordinária da idoneidade dos seus administradores, da política de gestão de activos e também da política e a distribuição de prémios para os administradores do Novo Banco.
Mas, a proposta do PCP centra-se na questão fundamental: a conta da limpeza do Novo Banco não pode continuar a ser paga por todos os portugueses e no final não ser assegurado o seu controlo público, não ser garantido que o banco é colocado ao serviço do país e da economia nacional.

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