Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

PCP denuncia tentativa de ilegalização do PCU e expressa solidariedade com os comunistas da Ucrânia

O PCP denuncia o aprofundamento da campanha repressiva e persecutória contra o Partido Comunista da Ucrânia, condenando firmemente a decisão anunciada pelo Ministério da Justiça ucraniano de iniciar um processo judicial com vista à ilegalização do Partido Comunista da Ucrânia.

Esta acção vem, mais uma vez, confirmar o carácter anti-democrático do poder instalado em Kiev em resultado do golpe de Estado de Fevereiro, apoiado e promovido pelos EUA, UE e a NATO.

Ao reafirmar a solidariedade com os comunistas ucranianos e todas as forças anti-fascistas da Ucrânia, o PCP insiste na necessidade da absoluta rejeição do clima de intimidação e perseguição política contra todos os que se opõem ao poder ilegítimo e reaccionário e à aplicação do gravoso pacote de submissão e austeridade imposto pela UE e o FMI. Situação que se tem traduzido, nomeadamente, por repetidos atentados contra a actividade do PCU e a afrontosa exigência pública da sua proibição por parte dos responsáveis golpistas, a que agora vergonhosamente se pretende dar cobertura e legitimidade jurídicas.

Do mesmo modo, o PCP expressa a mais viva indignação e preocupação face ao agravamento da situação humanitária na Ucrânia que resulta da criminosa operação armada conduzida no Leste do país, em que têm sido ostensivamente visados “alvos” civis. Não deixa de ser sintomático que o poder que pretende proibir a existência do PCU e todo o pensamento discordante na Ucrânia, seja o mesmo que conduz uma criminosa campanha punitiva contra as populações e cidades do Leste do país.

Condenando categoricamente o emprego da força militar pelo Governo em exercício – com a utilização de artilharia pesada e aviação – contra as populações do Donbass, o PCP alerta para as sérias consequências para o povo ucraniano, assim como para a paz e segurança internacionais, que resultam da actual operação armada – que conta com a determinante participação de milícias e forças de cariz xenófobo e neofascista –, exigindo o fim imediato da campanha de agressão militar por parte do poder de facto em Kiev.

Reiterando a solidariedade com os trabalhadores e o povo ucranianos e todas as forças que se levantam contra a ameaça neofascista e o poder dos oligarcas e do grande capital, em prol de uma Ucrânia livre, soberana, democrática e de progresso social, o PCP volta a apontar as responsabilidades das grandes potências na crise ucraniana, particularmente, dos EUA e da UE.

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