Comício da CDU em Loures destaca validade das propostas

O País tem uma alternativa

Este domingo, no Pavilhão Paz e Amizade, perante um milhar de pessoas, Jerónimo de Sousa salientou que PSD/CDS e PS têm, no essencial, a mesma matriz, e que o voto na coligação PCP-PEV abrirá a passagem para um caminho novo, apoiando soluções que são possíveis e são viáveis.

A festa da CDU abriu com a actuação da Ronda dos Quatro Caminhos. O calor e a animação no interior do grande pavilhão faziam esquecer que muitos tinham ali chegado sob a chuva miudinha que caía desde o início da tarde. A chegada do Secretário-Geral do PCP foi marcada com aplausos e gritos ritmados «CDU!».

Para o comício, os músicos cederam o palco a duas dezenas de candidatos, dirigentes do PCP, do PEV, da ID e da JCP.

Bernardino Soares, que há dois anos encabeçou a lista com que a CDU ganhou as eleições autárquicas em Loures, contrariou a falsa teoria de que só os partidos da política de direita teriam a capacidade de governar o País. O presidente da Câmara apontou exemplos do que se fez no concelho, «ao contrário do Governo e apesar da política do Governo»: o pagamento de parte substancial da dívida, mas não à custa do investimento, nem dos trabalhadores, nem do aumento de impostos; a contracção de um empréstimo, mas não para injectar dinheiro nos bancos e sim para investir em escolas, na reabilitação dos núcleos urbanos, em infra-estruturas dos bairros de génese ilegal, na rede viária e na construção de um centro comunitário; contratação de quase cem trabalhadores, por concurso; e redução, ainda que ligeira, do IMI.

Pelo Partido Ecologista «Os Verdes», Francisco Madeira Lopes destacou outra consequência positiva do trabalho da CDU na CM de Loures. O candidato e dirigente do PEV assinalou que o executivo de presidência e maioria CDU esteve entre os mais activos na luta contra a privatização da Empresa Geral do Fomento, que obteve há poucas semanas uma grande vitória em tribunal.

Confiem, não hesitem!

Jerónimo de Sousa, cuja intervenção foi várias vezes interrompida por aplausos e palavras de ordem, como «CDU avança com toda a confiança», preveniu que, «por trás da muita propaganda, o que PS, PSD e CDS preparam após as eleições, caso venham a ter votos para isso, são medidas de aprofundamento da exploração e de empobrecimento dos trabalhadores e do povo».

Quando «pedem insistentemente uma maioria absoluta», «querem ficar em roda livre», «mas sabem que não há maiorias absolutas para ninguém», porque «o País não lhes vai fazer a vontade, nem a eles, nem a Cavaco Silva e às suas manobras e pressões para que a política de exploração e empobrecimento prossiga, seja pela mão do PSD/CDS, seja pelo PS».

O Secretário-Geral do PCP e primeiro candidato na lista da CDU em Lisboa realçou que o voto na CDU é «importante para agir em todas as circunstâncias», «contra as maiorias absolutas, para pesar na solução dos problemas do País e para a construção de uma alternativa política patriótica e de esquerda», e é «o voto na verdade, no trabalho, na honestidade e na competência».

E se «aqueles que querem levar ao colo os partidos da desgraça nacional repetem e repetem que não há alternativa à política de exploração e empobrecimento de PS, PSD e CDS», o facto é que «o País tem uma alternativa, temos um programa que, com confiança, afirma que o País tem saída e tem futuro, que os problemas têm solução».

«A todos os que tendo votado antes noutros partidos nos dão razão, a todos que reconhecem que a CDU faz falta à luta pelos seus direitos», tal como «a todos os que reconhecem que esta força faz falta no Governo do País para dar solução aos problemas nacionais», Jerónimo de Sousa desafiou: «Confiem! Não hesitem! Confiem nesta força que pelas suas propostas e projecto, pela prova da sua acção e coerência política jamais trairá a confiança dos que, vítimas da política de direita, aspiram a uma real mudança na vida nacional».

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