Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

OMC: rumo a seguir

Instaurar uma nova ordem mundial, assente na desregulação e liberalização do comércio internacional, ou seja, uma nova forma de proteccionismo dos ricos, uma ditadura das multinacionais, forçando a concorrência da força de trabalho com proveniências geográficas diversas, para obter a sua desvalorização geral: foi e é este, em grande medida, o intuito da Organização Mundial do Comércio.

Os últimos anos, marcados por uma substantiva alteração das relações de forças no plano mundial, pela ascensão e crescente preponderância das economias emergentes, pela quebra da hegemonia relativa dos Estados Unidos da América, e também da União Europeia e do Japão, ditaram contradições, constrangimentos e bloqueios no seio da OMC, com os quais, estas potências imperialistas não têm conseguido lidar como queriam.

Surgem assim as teses da reforma da OMC, para superar bloqueios e contradições e a conformar melhor aos interesses ao serviço dos quais foi criada.

Não correspondem seguramente aos interesses dos trabalhadores e dos povos. Esses reclamam uma outra ordem, assente no comércio regulado e justo, na complementaridade, no progresso social e no benefício mútuo.

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