Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Comício CDU

«É importante é ter no Parlamento Europeu quem defenda os interesses do povo e do País»

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Amigos, Camaradas, Apoiantes da CDU!

Estamos a escassos oito dias da primeira das grandes e importantíssimas batalhas eleitorais deste ano de 2019 – a da eleição de deputados para o Parlamento Europeu.

É já no próximo dia 26 e este é o momento de mobilizar todas as nossas energias para que nenhum voto falte na CDU no próximo Domingo!

Esta é hora de dizer claramente a cada um e a todos os que aspiram a um Portugal de futuro que cada voto conta e soma força à força da CDU para fazer avançar o País e impedir que ande para trás.

Sim, mais força à CDU para avançar e não andar para trás! É esta a questão, a opção decisiva que está colocada aos trabalhadores e ao povo! É esta a questão que se impõe assegurar já na eleição para o Parlamento Europeu e garantir o início de um caminho de conquista e avanço da CDU para as outras batalhas que aí vêm!

Um caminho de conquista e avanço com mais votos e a eleição de mais deputados CDU!

Mais deputados, mais votos e mais força à CDU para defender o povo e o País. Mais força à CDU para afirmar os direitos dos trabalhadores e o direito do País ao desenvolvimento.

Mais deputados, mais votos e mais força à CDU para levar para a frente a solução dos problemas nacionais que permanecem adiados, porque o País não tem ainda a política necessária para a sua solução – a política patriótica e de esquerda pela qual lutamos para dar resposta aos nossos crónicos atrasos e agravados défices estruturais económicos e sociais.

Mais força à CDU para dar resposta a todos quantos aspiram a uma verdadeira mudança de política em Portugal e na Europa.

Mais força a esta Coligação Democrática e Unitária que se apresenta às eleições com uma lista de homens e mulheres dedicados à causa dos trabalhadores do nosso povo e do País.

Uma lista de candidatos com um percurso de intervenção cívica que se vê reconhecido pelas populações. Candidatos ligados à vida e à realidade da vida nacional. Gente que conhece o País. Candidatos com provas dadas de dedicação nos mais diversificados domínios da nossa vida colectiva.

Uma lista de confiança de uma força confiável como o prova o seu profícuo trabalho no Parlamento Europeu e que faz dos deputados eleitos pela CDU os mais activos, coerentes e intervenientes deputados portugueses representados no Parlamento Europeu.

A força que combateu e combate o rumo de desastre imposto ao País pelos partidos do consenso direitista da União Europeia, o consenso do Partido Popular Europeu do PSD e CDS e do Partido Socialista Europeu do PS que conduziu que criou as muitas dificuldades que o País enfrenta hoje e que acentuou todas as desigualdades.

Sim, camaradas e amigos, foram deputados da CDU que desde a primeira hora se apresentaram no Parlamento Europeu com iniciativa própria e os olhos postos nos problemas do País e não a secundar, dar aval ou legitimar as orientações fabricadas pela burocracia de Bruxelas e às ordens do Directório das grandes potências e contrárias aos nossos interesses, como o fizeram PS, PSD e CDS.

Esses mesmos que se apresentam hoje e nestas eleições assumindo-se, como os salvadores da Europa da ameaça da extrema-direita xenófoba, com quem alguns até são tu cá tu lá, com aqueles que dizem querer combater e apresentam como uma ameaça, seja o PSD de Rio e Rangel com os seus amigos no poder na Hungria ou na Polónia que em tempo de eleições renegam ou os amigos do CDS de Cristas e tão elogiados por Melo - os protofascistas do partido Vox, aqui de Espanha e admiradores de Franco, enquanto outros vão fechando os olhos da conivência com a política que alimentou e alimenta esses regimes autoritários .

O que pretendem com esta operação “salvar” a Europa ameaçada, com a competição entre si pelo posto de guardião da fortaleza e com isso mostrar quem é mais europeísta, confundindo propositadamente Europa com a União Europeia do capital e dos monopólios, é colocar os portugueses e os outros povos perante um falso dilema, perante a armadilha de uma falsa opção – ou eles, com a sua União Europeia neoliberal, federalista e militarista ou a inevitabilidade da extrema-direita.

Mas o dilema não está entre os que se dizem europeístas e querem “salvar” a Europa, contra os nacionalismos reaccionários e a extrema-direita.

Os defensores da política neoliberal da União Europeia não são opositores da extrema-direita xenófoba, são precisamente o inverso. Alimentam-na. Tem sido a política neoliberal levada a cabo pela União Europeia, da qual os pretensos salvadores da Europa e seus governos não se demarcam, que conduziu durante vários anos a apoiarem nacionalistas reaccionários e xenófobos na Itália, Polónia ou Hungria e que lhes servem de pretexto para dar credibilidade ao seu falso dilema.

A oposição entre defensores das políticas neoliberais, tenham ou não o nome de saudosistas e os nacionalistas xenófobos é uma armadilha.

Falam muito da Europa ameaçada, instrumentalizando todos os problemas que as políticas da concentração da riqueza, da ortodoxia do défice e dos banqueiros criaram, assentes no consenso entre a social-democracia e a direita.

Sim, há perigos, mas os perigos combatem-se combatendo a exploração dos trabalhadores e dos povos e as desigualdades , combatem-se com .políticas que sirvam os povos e não o grande capital transnacional.

Combatem-se assegurando e concretizando uma política verdadeiramente alternativa à política de direita, uma política ao serviço do progresso social e do desenvolvimento económico, como a que o PCP e a CDU defendem para Portugal.

Sim, camaradas, uma política que tenha como preocupação séria e prioritária enfrentar, sem hesitações, os condicionamentos e constrangimentos da União Europeia e os seus instrumentos de usurpação da soberania que tem sido e são um bloqueio ao nosso desenvolvimento.

Os senhores da União Europeia e seus donos, estão sempre a anunciar e a prometer a mudança, mas o que vemos é a continuação de uma evolução marcada pelo acelerado aprofundamento do rumo neoliberal que tem no Euro um projecto estratégico de domínio do capital e das principais potências.

Esse Euro que, em tempo de eleições, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, veio à praça pública reconhecer ter sido um bónus dado à Alemanha. E quem lho deu? E à custa de quem e do quê? E já não é? Poderíamos perguntar! Infelizmente é, um bónus para a Alemanha e para os grandes grupos económicos europeus, em prejuízo dos países como Portugal e esse é problema que urge dar resposta para defender o País e vida dos portugueses.

Desde a adesão ao Euro, Portugal é um dos países que menos cresce e mais recuou na produção de riqueza e dos que mais perderam no plano económico e social.

Portugal precisa de se libertar dos constrangimentos impostos pelo Euro. Já lá vão duas décadas perdidas e não podemos continuar a empobrecer!
Portugal precisa de concretizar, com uma CDU reforçada, uma política que assuma, como o expressa a nossa Declaração Programática com um claro compromisso com o povo e o País.

Um claro compromisso em defesa dos direitos laborais e sociais, visando a promoção de emprego com direitos e a erradicação da precariedade e a defesa dos serviços públicos de qualidade e eficientes.

Um claro compromisso com o direito ao desenvolvimento soberano dos portugueses, pela exigência de implementação de um programa de defesa dos sectores produtivos e do emprego dirigido aos países mais prejudicados pela União Económica e Monetária, pelo Mercado Único e pelas políticas comuns.

Um claro compromisso com uma orientação capaz de assegurar uma cooperação entre Estados soberanos e iguais em direitos, com a defesa e concretização de um país um voto e o direito de veto em todas as questões de interesse fundamental.

Um claro compromisso com um rumo assente na cooperação com todos os povos do mundo, de rejeição da militarização da União Europeia e de reforço da cooperação no combate à grande evasão fiscal, ao crime organizado e à corrupção, pelo fim dos paraísos fiscais.

Um claro compromisso com a defesa e protecção do meio ambiente e por uma Europa que respeite e promova a cultura, a diversidade e o intercâmbio cultural, com o respeito e salvaguarda intransigente da identidade cultural de cada país e de todas as línguas nacionais e a defesa da cultura e da língua portuguesa.

Um claro compromissos de trabalho para o futuro que nos permitem convictamente afirmar que vale a pena votar CDU e eleger deputado como os da CDU vinculados aos interesses nacionais e do nosso povo e ao desenvolvimento soberano o País!

Amigos e camaradas:

Nesta campanha eleitoral que percorre o País tem ficado bem patente o genuíno reconhecimento pelos trabalhadores e por largas camadas do nosso povo do papel das forças da CDU desenvolvido no País, pelos dos resultados obtidos decorrentes da sua decidida acção e intervenção nestes quase quatro anos da nova fase da vida política nacional.

Quatro anos que mostram a decisiva importância de dar força à CDU!

Têm sido anos de intensa actividade do PCP da CDU no plano institucional e no plano da organização e acção de massas, visando a defesa e reposição de direitos usurpados por anteriores governos do PS, PSD e CDS, mas também de novos avanços e conquistas.

Avanços e conquistas que são inseparáveis da continuada e decisiva intervenção do PCP e CDU.

Podia-se ter ido mais longe? Sim, podia e era possível. Podia se o PS não estivesse comprometido com os interesses do grande capital e se não pusesse à frente da resposta aos problemas nacionais as regras e imposições da União Europeia e do Euro.

Se o PS não partilhasse como PSD e o CDS algumas das opções estruturantes que têm marcado a política de direita, unidos pelo vinculo comum da submissão nacional aos ditames do exterior e aos interesses do grande capital.

Evidente na sua convergência no apoio à banca aos banqueiros.

Evidente na legislação laboral para manter as suas normas gravosas que o governo do PS persiste em dar como adquiridas.

Evidente na sua posição de comum bloqueio a qualquer solução para a renegociação da dívida. Mais de 100 mil milhões desde a adesão ao Euro.

Dinheiro que falta, mesmo para resolver problemas prementes como os da área dos transportes ou da saúde.

Nos transportes para alargar a oferta e dar uma resposta mais eficaz a essa medida pela qual há anos nos batíamos e que agora se concretizou - o alargamento do passe social e da redução do tarifário.

Na saúde para resolver problemas urgentes no Serviço Nacional de Saúde que estão mais que identificados.

Sim, foi possível avançar na defesa, reposição e conquista de direitos com a nossa decisiva intervenção, mas a situação continua marcada por um mar de problemas que precisam de resposta.

O PS e o seu governo, falam dos avanços que foram alcançados nesta nova fase da vida política nacional, dizendo que são conquistas suas.

Mas a verdade é que muito do que se alcançou começou por ter o seu desacordo, a sua resistência e até a sua oposição!

O que se avançou, é preciso dizê-lo, avançou-se porque o PS não tinha os votos para, sozinho, impor a política que sempre, ao longo de quatro décadas, fez sozinho ou com o PSD e o CDS.

Ninguém duvide, o que se conseguiu de avanços não existiriam hoje se não fosse a iniciativa e proposta das forças da CDU!

Aquilo a que assistimos no inicio desta campanha com a ameaça da demissão do governo diz-nos isso mesmo e realça a importância de reforçar ainda mais a CDU!

A operação de chantagem do PS e a situação que foi criada no País, a pretexto da reposição do direito à progressão na carreira dos professores e restantes trabalhadores com carreiras especiais, é bem reveladora da natureza das suas reais opções, como é revelador de como PS, PSD e CDS continuam irmanados na obediência e submissão às imposições da União Europeia, colocando-as à frente dos direitos dos trabalhadores e da resposta aos problemas nacionais.

Mas o que acabou por mostrar a situação criada de crise política foram os limites da governação do PS e a sua convergência com PSD e CDS por trás de todos os seus manobrismos.

Mostrou os limites das opções e de uma política que no que é estruturante é comum ao PS, PSD e CDS.

Por isso, os vemos, nesta campanha eleitoral, não a discutir o interessa, mas entregues à troca de piropos e a esgrimir as suas secundaríssimas diferenças com que alimentam os dias da campanha, porque aquilo que vai contar e que determinada verdadeiramente o rumo do país já se puseram de acordo, quando ajoelharam perante o directório das grande potências europeias.

O que eles não querem é discutir as opções de fundo que fazem na União Europeia e em que andam os três invariavelmente ligados.

O que eles não querem é discutir opções a favor dos trabalhadores. Registe-se o silêncio que permanece de PS, PSD, e CDS, quanto a essa medida de grande alcance económico e social que constituiu a reivindicação, anunciada pela CGTP-IN na grandiosa jornada de luta do 1º de Maio, de aumento geral dos salários e do Salário Mínimo Nacional para 850€.

Esta medida é fundamental!

De facto o aumento dos salários é uma emergência. Indispensável e inadiável.

Emergência salarial a que é preciso dar resposta.. A emergência de uma política de combate contra os baixos salários! A emergência de uma política que garanta a dignidade de quem trabalha! A emergência de uma política que contribua para mais sustentabilidade da segurança social. A emergência da fixação das novas gerações no nosso País!

Sim, camaradas, andam apenas apostados na picardia, na diatribe, na pessoalização da política, porque querem que os portugueses esqueçam que o PS, PSD e CDS estão unidos pela igual aceitação do colete-de-forças dos constrangimentos do Euro e do seu Tratado Orçamental. Unidos nas privatizações, nas PPP, na defesa da liberalização dos mercados ao serviço dos grandes interesses transacionais à custa da economia nacional. Unidos na defesa da União Bancária, ao serviço dos tubarões financeiros e do seu projecto de concentração bancária. Unidos nas políticas de nivelamento por baixo dos direitos sociais e laborais.

É por isso que o que é importante é ter na União Europeia, no Parlamento Europeu quem defenda os interesses do povo e do País. E esses serão sempre os deputados eleitos da CDU!

Amigos e camaradas:

Nós temos confiança de que é possível avançar. Mas uma confiança que não fica à espera. Uma confiança de quem vai à luta, que não desiste e não desarma, que aposta no esclarecimento do que está causa nestas eleições, porque sabe que cada voto na CDU é um voto que soma e pesa verdadeiramente para dar força a uma alternativa política capaz de defender o povo e o País.

Sim, nós temos confiança que vamos lá, reforçando a CDU, com mais votos, mais deputados, com o vosso apoio, com a vossa iniciativa, com o vosso empenhamento, porque esta é a única força capaz de abrir um caminho de esperança para uma vida melhor.

Vamos, nestes neste próximos escassos dias e até ao dia das eleições, acabar de construir aquele resultado que está em condições de decidir por o País a avançar e não a andar para trás.

Vamos nestes dias da campanha assegurar que esta corrente imensa de confiança na CDU desaguará em mais votos e mais deputados indispensáveis para levar o País para a frente!

Sim, avançar é preciso e o reforço da CDU é indispensável!

Está na hora de abrir outra perspectiva para o desenvolvimento do País com o reforço da CDU!

Sim, é possível avançar e vamos avançar com a CDU!

Viva a CDU!

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