Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Comício

Para os banqueiros «mãos rotas» para os trabalhadores «aqui d'El Rei! que não há sustentabilidade»

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Não há nestas últimos anos nenhuma medida positiva que não tenha tido a intervenção decisiva do PCP e da CDU, muitas vezes vencendo a resistência e mesmo oposição por parte do governo do PS.

A propósito camaradas, o PS decidiu lançar a instabilidade no país com a operação de chantagem a propósito da consagração do tempo de serviço dos trabalhadores da administração pública, instrumentalizando e dramatizando irresponsavelmente a questão.

Já se compreendeu que o PS está a querer desfazer-se da actual correlação de forças e da força do PCP que impôs medidas de avanço. Já todos compreenderam que é o calculismo eleitoral e a fixação na maioria absoluta que leva o governo do PS a ameaçar demitir-se, mas é particularmente revelador que o PS esteja fixado numa eventual maioria absoluta recuperando o mesmo discurso, os mesmos argumentos, as mesmas opções anteriores do governo PSD/CDS atirando trabalhadores contra trabalhadores.

Sim camaradas, nós verificamos as preocupações e angústias do PS, mas nós registamos que quando se trata de dar milhões e milhões de euros à banca, como agora, de novo, o governo vai dar ao Novo Banco nunca se invocou a sustentabilidade orçamental, para isso, mãos rotas para os banqueiros e para a banca, quando se trata de trabalhadores aqui d'El Rei que não há sustentabilidade para essas medidas.

A posição do PCP é coerente, reflectida e determinada.

Ao contrário de outros como o CDS que como se vê - simulam as suas posições ditadas por critérios de calculismo. Um tacticismo que em que a palavra dada é retirada procurando navegar à bolina

Da parte do PCP mantemos a nossa posição e intervenção para encontrar um caminho e uma solução que dê resposta a esse e a outras aspirações dos trabalhadores e do povo.

Nada justifica esta atitude do governo PS.

O que se impõe é andar para a frente, prosseguir o caminho de avanços, avançar decididamente na resposta aos problemas que o PS continuar a recusar.

Não é com ameaças de andar para trás que se dá resposta aos problemas do País. Por nós estamos disponíveis para avançar até o fim, designadamente em termos do processo eleitoral e dos prazos das eleições.

Para avançar continuem a contar connosco, para andar para trás não contem connosco nesse processo.

Avançar com a intervenção decisiva do PCP como se tem feito, seja com os passes mais baratos, manuais escolares gratuitos, mais abonos de família, menos impostos sobre os trabalhadores com novos escalões de IRS, aumento de reformas.

Avanços que se traduziram, ao contrário do que apregoavam, em factor de criação de emprego, crescimento económico e desenvolvimento.

É com este compromisso que os trabalhadores e o povo sabem contar e não com ameaças, sejam elas novas, sejam elas velhas, venham de onde vierem.

É com esta força que não se submete às imposições seja do Euro e da União Europeia, seja do grande capital, que os trabalhadores e o povo sabem poder contar.

É também por isso é que é preciso dar mais força ao PCP e à CDU.

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