Nota do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP ao PE

Sobre o Acordo de Diálogo Político e Cooperação entre Cuba e a UE

Sobre o Acordo de Diálogo Político e Cooperação entre Cuba e a UE

Os deputados do PCP no Parlamento Europeu (PE) saúdam os recentes avanços alcançados nas relações entre a UE e Cuba, que resultaram na revogação da Posição Comum de 1996.

Os deputados do PCP respeitam a decisão soberana do povo de Cuba de celebração do presente Acordo de Diálogo Político e Cooperação, a que o PE hoje deu o consentimento e que mereceu o voto favorável dos deputados do PCP. Uma decisão contudo desrespeitada e manchada pelo PE na resolução que acompanhou este consentimento que hoje foi aprovada, e que mereceu o voto contra dos deputados do PCP.

Os deputados do PCP no PE rejeitam em absoluto a visão hoje aprovada numa resolução com a ajuda da direita e de determinados sectores da social-democracia, que não representa aquela que foi a discussão entre a UE e Cuba. Estes sectores do PE continuam presos a uma posição revanchista, autoritária, neocolonialista, de profundo desrespeito pela soberania do povo cubano e das escolhas e caminhos que livremente este tomou.

Esta resolução procura omitir o criminoso bloqueio a que Cuba está sujeita há quase seis décadas, nega a ocupação ilegal de Guantánamo, palco de atrozes violações de direitos humanos e desvaloriza ainda o papel de Cuba no Processo de Negociação do Acordo de Paz na Colômbia. Foram ainda introduzidos na resolução elementos que são exigidos em Tratados de Livre Comércio, que este acordo não é.

Os deputados do PCP no PE rejeitam toda e qualquer interferência e ingerência nos assuntos internos de Cuba, que têm como único objectivo o derrube de um projecto transformador da sociedade que alcançou elevados níveis e padrões de desenvolvimento social, cultural, tecnológico, a que se soma a reconhecida expressão de solidariedade internacional.

Os deputados do PCP no PE não querem deixar de uma vez mais expressar a sua solidariedade com o povo cubano e com a sua luta pela soberania e independência e contra a ofensiva imperialista de que é alvo.

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