Intervenção de Dimitre Gondicas, Membro do Bureau Político do Comité Central do PC da Grécia, XV Congresso do PCP

Saudação do Partido Comunista da Grécia

Estamos muito felizes por transmitir a mensagem combativa e calorosa do PC da Grécia ao XV Congresso

Estamos convictos que o vosso Congresso, tal como as manifestações comemorativas do 75º Aniversário do PCP darão um novo impulso à acção patriótica, democrática e internacionalista do vosso Partido.

É com uma muito particular estima que os comunistas da Grécia seguem de perto as numerosas acções do vosso Partido na defesa dos interesses dos trabalhadores perante os ataques da U.E. e das multinacionais, pelo reforço da frente contra a U.E. e a OTAN bem como ainda pela democracia e solidariedade anti-imperialista.

Apreciamos o contributo do PCP na luta contra o anticomunismo, contra as tendências derrotistas, contra a desorganização e submissão do movimento operário aos planos de colaboração entre as classes.

Desta Tribuna queremos saudar muito especialmente, as grandes lutas no vosso país e nos outros países da U.E. Estas mobilizações realçam aquilo que é novo e portador de esperança e que neste momento está a nascer na Europa.

Testemunham a profundidade das políticas e das concepções radicalmente diferentes entre os trabalhadores e a política da U.E., como tivemos ocasião de constatar pelo grande sucesso da greve nacional operária na Grécia, nas mobilizações, sem precedentes, por uma participação massiva; a intensidade e a combatividade das mobilizações das camadas médias e dos estudantes à oposição a Maastricht e à política da U.E. tornam-se cada vez mais fortes. A luta comum da classe operária, dos agricultores, das camadas médias e dos jovens também se intensifica.

Estimamos que a resistência à União Europeia e à UEM, aos planos assassinos da OTAN e às suas armas nucleares, à erradicação da Segurança Social, da Saúde Pública e da Educação, é cada vez maior.

Estas lutas constituem o referendo dos trabalhadores e dos povos. São o NÃO às disposições ainda mais reaccionárias que as multinacionais e os governos neo-conservadores e social-democratas tentam desenvolver.

São o resultado da oposição constante e resoluta dos comunistas às decisões de Maastricht, da sua perseverança na coordenação das acções e iniciativas, como foi o caso do Encontro de Paris.

Estamos convencidos que o Encontro de Lisboa, em Maio, contra a política reaccionária da flexibilidade das relações de trabalho e o Livro Branco, constituirá uma nova etapa decisiva.

A extensão das resistências populares, mas ao mesmo tempo a intensidade da agressão do capital e das forças reaccionárias e racistas em toda a Europa, criam novas possibilidades mas também responsabilidades para os comunistas e as forças progressistas.

Torna-se pois urgente a existência de um movimento forte capaz de exprimir politicamente também, numa via progressista, esta nova situação, capaz de dar um novo impulso, uma perspectiva de futuro.

Consideramos que a colaboração e a acção comum dos Partidos Comunistas são mais do que nunca necessárias para o desenvolvimento de uma mais ampla e eficaz luta das forças anti-imperialistas, anti-monopolistas e progressistas.

O diálogo e a acção comum para uma identidade ideológica do movimento comunista, para uma estratégia da luta anti-imperialista e revolucionária, bem como os esforços para a sua reconstrução na base dos princípios do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário influenciarão positivamente esta via. O PCG está pronto a contribuir neste campo com todas as suas forças.

Com a certeza que os trabalhos do vosso Congresso contribuirão para estreitar ainda mais as relações fraternas de solidariedade entre os nossos dois Partidos, desejamo-vos todo o êxito na realização das vossas resoluções.

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