Intervenção de João Oliveira, Presidente do Grupo Parlamentar, Jornadas Parlamentares do PCP

Compromisso para erguer a política alternativa, patriótica e de esquerda

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Camaradas e amigos
Caros convidados
Srs. Jornalistas

A continuada acção dos governos PS, PSD e CDS e da sua política dos PEC e do pacto de agressão da troica tem correspondência na brutal dimensão das dificuldades que o país e o povo hoje enfrentam, no comprometimento da soberania, no retrocesso e no agravamento das desigualdades.

À crise económica e social soma-se uma crise política que de dia para dia se avoluma, comprometendo o funcionamento das instituições e da própria democracia.

Apesar da situação a que conduziu o país, o Governo PSD/CDS não dá prova de querer arrepiar caminho e, pelo contrário, insiste em levar ainda mais longe, até ao último fôlego que lhe reste, a sua obra de diligente gestor de negócios dos grupos económicos e financeiros perante os quais tem sacrificado o povo e o país.

Torna-se cada vez mais evidente que com a política que conduziu o país à actual situação só podem continuar a continuar a afundar-nos.

Com estas jornadas parlamentares procuraremos trazer à evidência aquilo que todos os dias constatamos: com esta política o país não tem futuro e por isso precisamos de romper com a política de direita e construir uma política alternativa.

Trataremos nas nossas jornadas de um amplo conjunto de matérias em que as consequências da política de direita se fazem sentir nas dificuldades impostas aos portugueses e que não podem ser diluídas na propaganda do Governo. A quase paralisia dos tribunais, o caos no início do ano lectivo, os problemas na saúde, as implicações da intervenção do Governo no BES em nome do Estado e a forma como o interesse público não está a ser salvaguardado em todo esse processo.

Mas trataremos também do prejuízo para o interesse público com os negócios das privatizações, em particular da EGF, das preocupações com os sectores produtivos, abordaremos problemas dos trabalhadores, dos reformados e da infância.
Aspecto central das nossas jornadas será ainda a discussão em torno da alternativa na política fiscal porque também aí é necessário pôr fim às injustiças, tributando os grandes interesses e aliviando os impostos aos trabalhadores e ao povo.

E não deixaremos de encontrar espaço para afirmar nestas jornadas a proposta que já avançámos como solução integrada para três dos problemas centrais com que hoje o país está confrontado: renegociar a dívida, preparar o país para a saída do euro e retomar o controlo público da banca.

Realizamos estas jornadas parlamentares num quadro em que ganhou eco presidencial o discurso da necessidade de alterações ao sistema eleitoral para garantir a governabilidade e aproximar eleitos de eleitores. Discurso em que, manipulando o justo descontentamento dos portugueses com as políticas que lhes são impostas, se procura responsabilizar todos os partidos como se todos tivessem as mesmas práticas para que os verdadeiramente responsáveis possam, afinal, respirar de alívio.

Fazendo como é nossa prática, não realizamos as nossas jornadas a discutir desligados da realidade que vive o povo português, como fazem aqueles que por governarem contra o povo não o querem ter pela frente.

Pelo contrário, fazendo como é nossa prática vamos ao encontro daqueles que representamos, procurando conhecer as suas dificuldades e anseios e prestando contas pelo trabalho que realizamos.

E com os trabalhadores e o povo, que construímos a nossa cultura do compromisso para erguer a política alternativa, patriótica e de esquerda com que Portugal há de retomar o caminho do progresso e do desenvolvimento.

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