Arruada em Alcochete

«Nada é impossível de mudar»

«Nada é impossível de mudar»

Foi ao som de bombos e gaitas de foles e de poemas de Bertolt Brecht que Jerónimo de Sousa e vários dos candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal percorreram na manhã de sábado as ruas do centro de Alcochete. Acompanhada pelo presidente da Câmara Municipal, Luís Franco, que conhecia o nome e a situação pessoal e profissional da grande maioria dos comerciantes e habitantes da vila, a comitiva da coligação PCP-PEV entrou em praticamente todos os estabelecimentos (e espreitou mesmo por janelas e portas), recebendo palavras de estímulo para as eleições do próximo dia 4 – e devolvendo outras, de solidariedade e apoio para superar as dificuldades que tantos enfrentam hoje, devido à política de direita.

No largo junto à Câmara Municipal, onde se realizou o comício, o Secretário-Geral do PCP começou por valorizar o «entusiasmo, carinho e simpatia» com que a população de Alcochete recebeu uma vez mais a CDU, que mesmo quando não há eleições está ao lado dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens, dos micro, pequenos e médios empresários quando lutam pelos seus direitos e condições de vida. A CDU, garantiu, está a crescer!

Antes, Francisco Lopes, primeiro candidato pelo círculo de Setúbal, chamou a atenção para a contradição existente entre as potencialidades do distrito, a acção ímpar do poder local e as condições de vida das suas populações, cada vez mais esmagadas pelo desemprego, a pobreza e a precariedade. Como exemplo do agravamento da situação social, Francisco Lopes referiu os que, sem quaisquer condições, são empurrados para a apanha da ameijoa no estuário do Tejo, muitos sofrendo graves acidentes no desempenho dessa tarefa, para a qual não têm conhecimentos nem segurança. A CDU defende o aproveitamento integral das potencialidades do estuário, mas com condições.

O Secretário-Geral do PCP e muitos dos candidatos rumaram depois a Almada, para o comício da tarde. Deixaram em Alcochete a confiança e a determinação em prosseguir o combate pela alternativa de progresso e soberania que a CDU defende e o País necessita, e a memória das palavras do poeta e dramaturgo alemão: «nada é impossível de mudar».

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