No dia 13 de Junho, o preso palestino Bilal Kayed deveria ter sido libertado após terminar uma pena de 14 anos e meio nas prisões israelitas. Porém, as forças armadas de ocupação israelitas ordenaram novamente a sua detenção administrativa — sem julgamento nem culpa formada — durante seis meses. A sua detenção administrativa foi confirmada pelo tribunal militar de Ofer em 5 de Julho.

Israel utiliza a detenção administrativa como rotina, em violação dos parâmetros estritos estabelecidos pelo direito internacional. Contam-se neste momento aproximadamente 715 detidos administrativos, incluindo 2 mulheres e 8 crianças.

O Comité das Nações Unidas contra a Tortura, nas suas observações finais em 13 de Maio de 2016, exortou o governo israelita a acabar com a prática da detenção administrativa.

Para exigir a sua liberdade e o fim da detenção administrativa, Bilal Kayed iniciou na manhã de 15 de Junho uma greve da fome por tempo indeterminado. As autoridades israelitas são inteiramente responsáveis pela vida de Bilal Kayed, que perdeu já 25 quilos e cuja saúde está a deteriorar-se rapidamente.

Pergunto à alta representante que resposta pretende dar a mais esta violação do direito internacional e que diligência pretende promover junto das autoridades de Israel para acabar com esta barbaridade.