1. Numerosos factos indicam que a reacção
intensificou recentemente as suas actividades tanto em Portugal como em Angola
e Moçambique. A campanha da reacção internacional contra
a democracia portuguesa também se tornou subitamente mais violenta. Existe
o perigo de que as forças reaccionárias procurem passar novamente
à ofensiva pondo em causa o curso da democratização e da
descolonização.
As forças democráticas têm de estar muito atentas a tais
actividades. É necessário intensificar a vigilância popular,
de forma a contribuir para descobrir os conspiradores e fazer frente a qualquer
nova manobra ou tentativa de golpe contra-revolucionário.
Apelando para a vigilância popular, o PCP adverte contra os inconvenientes
que poderiam ter iniciativas como a formação de barreiras, que
foram justificadas, necessárias e mesmo decisivas no 28 de Setembro,
mas que não seriam adequadas no momento actual.
Nas circunstâncias presentes, a vigilância popular, para ser eficiente,
deve ser discreta e cautelosa.
2. O PCP chama ao mesmo tempo a atenção
contra o nervosismo, a impaciência e a precipitação e contra
a criação de um ambiente de alarme e de insegurança.
Assiste-se nas últimas horas a uma vaga de boatos, falando em movimentos
de tropas, em sublevações e noutros factos fantasiosos. Essa vaga
de boatos alarmistas é sem dúvida lançada por provocadores
reaccionários.
O PCP aconselha grande prudência no exame de quaisquer notícias
e a verificação, sempre que possível, da sua fonte e da
sua veracidade.
Sem prejuízo da vigilância, deve dar-se firme combate à
campanha de boatos que confundem a verdadeira informação e só
podem servir os propósitos reaccionários.
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