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Sobre a Jornada do 1º de Maio de 1975 - Nota da Comissão Política do Comité Central do PCP
Sobre a Jornada do 1º de Maio de 1975 - Nota da Comissão Política do Comité Central do PCP
Quinta, 01 Maio 1975
1. A jornada do 1º de Maio de 1975 constituiu em todo o País uma grandiosa demonstração da organização e da força dos trabalhadores e da sua aliança com o MFA.

Os trabalhadores, festejando a sua jornada internacional, vitoriaram o 25 de Abril e as conquistas revolucionárias alcançadas desde então, designadamente as nacionalizações e a reforma agrária, e expressaram a sua determinação em defenderem as liberdades e em participarem activamente na construção de um Portugal democrático, a caminho do socialismo.

2. A manifestação e o comício de Lisboa tiveram particular grandiosidade. Centenas de milhares de manifestantes desfilaram pelas ruas e concentraram-se num dos maiores comícios jamais realizados.

Tem profundo significado para o movimento operário português, para a luta das massas trabalhadoras e para a revolução portuguesa em geral que, nesta grande jornada, os militares tenham desfilado junto com o povo e que, ao lado do representante dos trabalhadores e da Intersindical, tenham tornado a palavra representantes do MFA, designadamente o Presidente da República e o primeiro-ministro do Governo Provisório, cujos discursos constituem importante contribuição para a definição das tarefas políticas do momento.

Estes factos são um exemplo, que adquire o valor de um símbolo, do novo Portugal democrático a caminho do socialismo.

As jornadas do 1º de Maio reforçaram o papel da classe operária e de todos os trabalhadores na vida política nacional. Reforçaram também a aliança Povo-MFA, que, na sua dinâmica, torna irreversível o processo revolucionário.

3. O PCP lamenta os incidentes provocados no comício de Lisboa pelo Partido Socialista, procurando, embora sem êxito, boicotar os discursos e impedir o desenrolar da grande festa dos trabalhadores.

Num momento em que se impõe o reforço da unidade de todas as forças que desejam lutar pela democracia e o socialismo, uma tal conduta não serve de forma alguma os interesses e a unidade dos trabalhadores, a cooperação entre as forças democráticas, a aliança Povo-MFA e a jovem democracia portuguesa.

A definição clara dos verdadeiros objectivos das forças políticas e dos termos e formas de cooperação é essencial para o prosseguimento da política em curso.

Apesar das dificuldades e contradições do processo, nada conseguirá destruir a unidade do povo trabalhador e a sua aliança com o MFA.