Num quadro de agravamento da exploração, os últimos anos caracterizam-se por uma intensa, profunda e alargada luta da classe operária e dos trabalhadores, das maiores desde a Revolução de Abril. A CGTP-IN, no quadro das suas características de classe reafirmadas no seu XI Congresso, assumiu uma intervenção notável na dinamização da luta, alargando o seu prestígio e confirmando-se como a grande central sindical dos trabalhadores portugueses, foi assim na Greve Geral de 30 de Maio de 2007, nas comemorações do 1.º de Maio e nas grandiosas manifestações nacionais de 12 de Outubro de 2006, 2 de Março e 18 de Outubro de 2007 e 5 de Junho de 2008;
Intervenção de Paulo Raimundo Membro da Comissão Política do Comité Central do PCP
Num quadro de agravamento da exploração, os últimos anos caracterizam-se por uma intensa, profunda e alargada luta da classe operária e dos trabalhadores, das maiores desde a Revolução de Abril. A CGTP-IN, no quadro das suas características de classe reafirmadas no seu XI Congresso, assumiu uma intervenção notável na dinamização da luta, alargando o seu prestígio e confirmando-se como a grande central sindical dos trabalhadores portugueses, foi assim na Greve Geral de 30 de Maio de 2007, nas comemorações do 1.º de Maio e nas grandiosas manifestações nacionais de 12 de Outubro de 2006, 2 de Março e 18 de Outubro de 2007 e 5 de Junho de 2008;
Foi assim com as manifestações nacionais da juventude trabalhadora, com papel destacado da Interjovem, a propósito do 28 de Março, Dia Nacional da Juventude e na campanha nacional e a Estafeta contra a precariedade.
Um prestigio alcançado por uma enorme força organizada de centenas de milhar de trabalhadores, de delegados e dirigentes sindicais, que pela sua ligação aos problemas revelaram uma vez mais uma capacidade de intervenção e mobilização sem paralelo em qualquer outra organização social.
Homens, mulheres e jovens, gente corajosa que daqui saudamos e, em particular, a delegação da CGTP-IN aqui presente, e aos quais reafirmamos a nossa solidariedade e disponibilidade para todas as batalhas que terão de enfrentar na defesa intransigente dos direitos de quem trabalha.
Os últimos anos ficam também marcados por uma intensa campanha contra os trabalhadores e o movimento sindical unitário. As tentativas de limitação da acção e a organização sindicais nos locais de trabalho, dos direitos trabalhadores, do direito à greve e a liquidação da contratação colectiva, são peças de um ataque mais profundo.
Um ataque feroz ao movimento sindical que têm como objectivos enfraquecer a sua capacidade reivindicativa e o descaracterizar, estimulando linhas de divisão e de diversão no seu interior, um ataque que vai continuar e assumir várias formas, conteúdos e protagonistas.
O combate a este ataque deve ser firme, não nos terrenos onde nos querem colocar virados para dentro e com o desvio do que é essencial, mas sim empregando todo o tempo e forças no reforço da organização e intensificação da acção reivindicativa, não permitindo que o inimigo nos distraia, mas combatendo-o onde mais lhe dói, nas empresas e locais de trabalho.
O PS e o grande capital apoiados na legislação laboral da Administração Pública, no Código do Trabalho e a pretexto da crise, vão procurar ir mais longe na alteração da correlação de forças a favor do patronato, no aumento da exploração, nos baixos salários, na precariedade, no roubo de direitos e na destruição do aparelho produtivo.
São os mesmos que apresentam como medidas para combater a crise, mais ataques às remunerações e à organização sindical, desregulamentação dos horários de trabalho, mais precariedade e vergonhosos apoios à banca, apresentam como soluções as mesmas opções que nos conduziram à actual situação.
A luta pelo o aumento dos salários, a defesa dos direitos, o combate à desregulamentação do horário de trabalho e à precariedade, a defesa e promoção da contratação colectiva, o combate ao desemprego e a afirmação da liberdade de organização e acção sindicais, são batalhas políticas decisivas para os trabalhadores e para o Pais, pois contêm nos seus objectivos aspectos centrais das reais soluções de combate à crise.
Uma luta que assumirá diversas formas e que continuará a encontrar nas grandes acções convergentes momentos de grande e estratégica importância.
Mas o que é decisivo é a elevação da acção reivindicativa nas empresas e locais de trabalho e a resposta a problemas imediatos.
A conquista de pequenas vitórias em torno de aspectos concretos, a acção empresa a empresa com o envolvimento dos trabalhadores, o aumento da luta, criará condições para travar em cada local as pretensões do Governo e do capital muitas delas contidas no código de trabalho, ao mesmo tempo que contribuem para o aumento da consciência politica e de classe dos trabalhadores e para a sua disponibilidade para formas de luta que se venham colocar como necessárias em cada momento.
É nas empresas e locais de trabalho que se travam as batalhas decisivas, logo é aí que precisamos estar mais organizados.
O reforço da organização sindical de base é condição para aumentar a acção reivindicativa. Quantos mais sindicalizados, delegados, comissões sindicais, mais organizado estará o movimento sindical, logo mais preparado para a dinamização da luta e será nesta que encontrará as soluções para o seu reforço.
Esta é uma batalha exigente que o movimento sindical assumiu como grande prioridade, a radiografia da situação está feita agora é preciso ir mais fundo na concretização das linhas definidas.
São muitos os obstáculos que hoje estão colocados aos trabalhadores e ás suas estruturas representativas.
O que vamos ter pela frente serão anos marcados pela agudização da luta de classes, momentos difíceis mas que ao mesmo tempo abrem uma fase de grandes potencialidades para o reforço do movimento sindical e do seu papel de grande força social de classe, força insubstituível na mobilização das massas para a ruptura politica cada vez mais urgente e necessária.
O movimento sindical unitário terá nos comunistas que nele participam, os homens, mulheres e jovens que estarão sempre na primeira linha de combate e pela afirmação dos princípios de unidade e de classe do movimento sindical, em conjunto com todos aqueles que, tendo diversas opções políticas e ideológicas ou confissões religiosas agem na defesa dos interesses de classe dos trabalhadores.
Este é o nosso compromisso, o que nos move é o reforço do movimento sindical de classe e a luta pela defesa intransigente dos direitos de quem trabalha é por esta postura que adquirimos o reconhecimento e respeito dos trabalhadores.
A Luta continua!
VIVA O XVIII CONGRESSO!
VIVA O PCP!
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