Brizelinda Neves Marques, Vice-Presidente da Direcção do
MURPI, Presidente da Fed. Distrital de Lisboa e da Comissão Nacional
do Partido junto do CC para o Trabalho dos Reformados
Camaradas
Amigos a Convidados
É com grande satisfação que vimos aqui intervir
sobre o MURPI e a situação dos reformados, pensionistas,
e idosos. Este facto traduz bem a importância que o Partido dá
a esta frente de trabalho. Espelha a forma séria e coerente de
como é tratada a problemática da Terceira Idade.
A grande maioria dos actuais reformados, pensionistas e idosos na sua
vida activa lutou com o Partido e nos sindicatos por melhores condições
de vida, fizeram parte das grandes movimentações de massas
que permitiram as grandes transformações sociais operadas
após o 25 de Abril.
Hoje tal como ontem é preciso continuar a lutar, todos sabemos
que vale a pena lutar pelos nossos ideais, por aquilo que conquistamos,
quer nas fileiras do Partido, quer nas organizações unitárias
que nos representam, como a Inter Reformados e o MURPI/Confederação
dos Reformados, Pensionistas e Idosos.
O MURPI nasceu de um grande movimento de Reformados em todo o País,
logo após o 25 de Abril, em luta por uma vida melhor.
Muito conseguiram, camaradas! como podemos ver, só alguns exemplos:
- a pensão mínima foi aumentada cerca de 150%;
- a pensão dos rurais em 200%;
- foi criada a pensão social para muitos milhares de idosos que
no tempo do fascismo não tinham qualquer meio de sobrevivência;
- o poder de compra aumentou cerca de 60%;
- foi criado o SNS;
- e viram os seus direitos consagrados na Constituição da
República.
Direitos que os governos constitucionais, PS, PSD e PSD/CDS nunca levaram
à prática, têm se preocupado muito com os reformados,
pensionistas e idosos nas campanhas eleitorais, fazem imensas promessas,
na verdade o que têm feito é mentir e enganar os reformados.
As pensões degradam se, com aumentos que se têm traduzido,
em cada ano, numas migalhas.
Têm se desresponsabilizado dos deveres sociais do Estado, diminuindo
as verbas para a segurança social e para a saúde.
Os reformados, pensionistas e idosos deste País exigem que nada
se faça nas suas costas, têm que ser chamados a intervir
em tudo o que lhes diz respeito através das organizações
que os representam, como a Confederação Nacional dos Reformados,
Pensionistas e Idosos/ MURPI.
O MURPI assume se como uma força consequente e séria na
defesa dos direitos e interesses dos reformados, pensionistas e idosos,
trabalhando cada vez mais de perto com as Federações, as
Associações, e organizações de Reformados.
É certo que encontramos muitas dificuldades.
Camaradas, é necessário um grande esforço colectivo
para participar e intervir nas associações. Hoje a maioria
delas desviou o seu principal objectivo - a luta reivindicativa - para
a prestação de serviços através de acordos
com a segurança social.
Os comunistas reformados, pensionistas e idosos mais do que nunca são
chamados ao trabalho militante e à luta.
Estamos conscientes das dificuldades, mas acreditamos que com trabalho,
muito empenhamento individual e colectivo, continuaremos a unir forças,
promovendo a solidariedade e a acção colectiva, reforçando
a intervenção, a organização e a luta.
O MURPI não se poupa a esforços para levar a cabo as lutas
por políticas sociais justas que correspondam às aspirações
dos reformados, pensionistas e idosos a uma vida digna.
Neste momento todas as forças são necessárias. Contra
este governo de direita, contra esta política de direita demagógica
e populista, que arrasta a maioria dos portugueses e em particular os
idosos para situações de solidão, isolamento e miséria.
Este governo está a levar a cabo, de forma brutalmente desumana,
alterações profundas de direitos conquistados com o 25 de
Abril, pelos trabalhadores, reformados, pensionistas e idosos, nomeadamente
o direito à Segurança Social pública, universal e
solidária, o direito à Saúde e à Habitação.
Os aumentos das pensões para 2005 são uma mão cheia
de nada.
Camaradas
O MURPI e a Inter Reformados convocaram uma CONCENTRAÇÃO
Nacional, dia 30, terça-feira, às 14,30, junto ao Ministério
das Finanças. Pede se um grande esforço de mobilização.
Vamos à rua dizer a este governo PSD/CDS/Santana Lopes que não
aceitamos as suas políticas para os reformados.
Denunciar a demagogia dos aumentos das pensões para 2005.
Lutar por:
— Pensões dignas para viver;
— Defesa do Serviço Nacional de Saúde;
— Abolição das taxas moderadoras;
— Medicamentos acessíveis:
— Defesa da Segurança Social pública e universal;
— Contra a Lei das rendas de casa;
Viva o XVII Congresso
Viva os Reformados, Pensionistas a Idosos
Viva o Partido Comunista Português