Intervenção

Intervenção da deputada<br />Trabalhadores com salários em atraso

Senhora Presidente Senhores Deputados Nesta semana dedicada ao emprego, gostaria de chamar a atenção para muitos milhares de trabalhadores portugueses que vivem uma situação preocupante, de grande instabilidade, com falências de empresas a sucederem-se com toda a impunidade, sem que ninguém seja chamado à responsabilidade, mesmo quando se sabe que eram viáveis e dispunham de boa carteira de encomendas como aconteceu na Molin, na Confélis e na Norporte. Entretanto, apesar dos trabalhadores portugueses receberem os mais baixos salários da União Europeia, surgem, novamente, inúmeros casos de empresas com salários em atraso, envolvendo já mais de 20 milhões de contos e muitos milhares de trabalhadores. Destaco, de modo especial, a situação que se vive nas empresas vidreiras Mandata e Mortensen, da Marinha Grande, na empresa de transformação de madeiras Sotima, em Proença-a-Nova, na Cuf têxteis, em Ansião e as ameaças que pairam sobre centenas de trabalhadores da empresa têxtil Eres, no Fundão, pela importância local e regional e pelas consequências para o desenvolvimento de zonas em dificuldade. Além da solidariedade a estes trabalhadores, gostaria, Senhora Presidente, que se sensibilizasse a Comissão e o Conselho para esta grave situação que aflige milhares de trabalhadores portugueses.

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