No sítio da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto foi publicado um comunicado que dá nota da reunião havida, no dia 18 de junho, entre a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e o Diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Ave. Reunião que teve origem no “abaixoassinado” promovido pelos utentes da Extensão de Saúde do Arco de Baúlhe devido à “insuficiência de médicos naquela unidade de saúde.”
É referido no comunicado que uma das médicas “está a gozar a licença de maternidade” mas não foi substituída, desconhecendo-se o tipo de acompanhamento que é feito aos utentes desta clínica, assim como é assumida a carência de médicos por parte dos responsáveis pelo ACES
do Alto Ave.
Para além da questão da falta de médicos de saúde geral e familiar, da nota publicada pela edilidade cabeceirense, ressaltam os problemas das infraestruturas da extensão de saúde.
A realidade da Extensão de saúde de Arco de Baúlhe infelizmente é bastante comum, ou seja, a falta de profissionais de saúde – médicos, enfermeiros, assistentes técnicos, assistentes operacionais, as insuficiências e carências das infraestruturas e os parcos recursos económicos
e dos meios técnicos são extensivos ao país e resultam de forma clara e inequívoca das opções políticas de sucessivos Governos e, particularmente do atual (PSD/CDS-PP) que têm subfinanciado o Serviço Nacional de Saúde, que não providenciam a substituição de
profissionais que têm saído do SNS e a contratação de profissionais para suprir as necessidades. Porém, todas estas medidas têm emvista alcançar o objetivo maior do Governo desmantelar e destruir o Serviço Nacional de Saúde transferindo a prestação de cuidados de saúde para o setor privado da saúde e assim beneficiar os grandes grupos económicos.
Assim, com base nos termos regimentais aplicáveis, venho por este meio perguntar ao Governo, através do Ministro da Saúde, o seguinte:
1. A não substituição da médica que se encontra a gozar a licença de maternidade é o prenuncio do encerramento daquela unidade de saúde?
2. Quantos utentes estão a ser afetados por esta situação?
3.Quantos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e assistentes operacionais) existem na extensão de saúde de Arco de Baúlhe?
4. Quantos utentes estão inscritos na Extensão de Saúde de Arco de Baúlhe? Quantos utentes não têm médico de família?
5. O Governo confirma que a Extensão de Saúde de Arco de Baúlhe apresenta muitas insuficiências do ponto de vista das infraestruturas? Se sim, para quando a intervenção para debelar tais insuficiências?