O relatório perspectiva a inovação como variável do mercado interno,
exigindo a liberalização dos mercados e a remoção sistemática dos
entraves à livre circulação de mercadorias, serviços e capitais, à
liberdade de estabelecimento e à mobilidade da mão-de-obra, sempre e
sempre, na lógica da concorrência/concentração capitalista.

Face ao subfinanciamento do Sétimo Programa-Quadro para a I&D, mais
uma vez se preconiza a utilização dos fundos estruturais para a
financiar, no quadro "fomento e reforço das parcerias entre os sectores
público e privadso. utilizando os meios financeiros públicos para

Para de facto dar sentido ao título do relatório teria que se falar de
uma nova estratégia para o investimento na investigação, educação e
inovação em benefício de todos. Uma estratégia financiada pelo erário
público a fim de permitir a consecução da política geral de
desenvolvimento sustentável, melhorar a qualidade de vida e contribuir
para a criação de riqueza e emprego. Uma estratégia que rejeite a
mercantilização do conhecimento, da educação e da investigação, tal
como definido pela Comissão, Conselho e no texto aqui aprovado, onde só
uma investigação aplicada e altamente lucrativa com oportunidades de
mercado poderá ver a luz do dia.

Uma estratégia que deveria centrar-se nas ciências sociais, na
sociedade da informação (incluindo software livre e de código-fonte
aberto), nos cuidados de saúde preventivos e públicos, na segurança
alimentar, no controlo dos produtos químicos, em tecnologias ecológicas
e actividades relacionadas com o desenvolvimento sustentável como, por
exemplo, as energias renováveis e a agricultura amiga do ambiente,
nomeadamente a agricultura biológica.

Uma estratégia que promova um maior investimento na educação e na
formação a todos os níveis e facilite o acesso das PME's aos diversos
programas e acções existentes.