Em nome da Associação Intervenção Democrática-ID saúdo a vossa presença e participação nesta sessão de apresentação de candidatos da Coligação Democrática Unitária – PCP/PEV.

Saúdo igualmente o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”, que se mantêm firmes na consolidação da Coligação que integramos.

Saúdo todos os candidatos da Coligação Democrática Unitária no Distrito de Setúbal, permitindo-me dirigir a todos, na pessoa do nosso primeiro candidato, Francisco Lopes, um caloroso cumprimento.

E saúdo os muitos e muitos milhares de cidadãos e cidadãs sem filiação partidária, independentes que connosco dão mais força e razão de ser ao crescente caudal daqueles que, com determinação, lutam pela construção de um País e de uma sociedade mais fraterna, mais humana, mais solidária e mais desenvolvida.

Apresentamos hoje publicamente os candidatos e as candidatas que assumem o programa político patriótico e de esquerda às eleições para a Assembleia da República pelo nosso Distrito de Setúbal.

Os candidatos e candidatas da CDU que de novo se comprometem e reafirmam como única alternativa às políticas de direita, que ao longo de quase quatro décadas de governação em alternância mas não em alternativa, têm provocado o desastre em que o País se encontra, e que afecta de forma dramática a esmagadora maioria do Povo Português.

Os candidatos e candidatas da CDU que se apresentam pujantes e determinados na sua luta em defesa da soberania e da independência nacionais, e pela afirmação permanente dos valores e das conquistas de Abril.

A CDU, acompanhando e apoiando sempre os trabalhadores e os mais desprotegidos, tem e apresenta propostas políticas concretas, claras, propostas realistas capazes de colocar o País no caminho do desenvolvimento, do progresso e da justiça social, e condizentes com o indispensável respeito pelos direitos, liberdades e garantias consagrados na Constituição da República Portuguesa.

Direitos conquistados com a Revolução do 25 de Abril de 1974!

Direitos que ao longo de quase quarenta anos, os sucessivos governos do PS e do PSD, com ou sem o apêndice CDS-PP, vêm tentando desbaratar e eliminar, conduzindo um processo contínuo de enfraquecimento da nossa Democracia e da nossa Liberdade, conquistada tão arduamente e com tantos sacrifícios.

No actual e complexo momento histórico estamos confrontados, mais do que nunca, com a urgente necessidade de impedirmos que prossiga este estado de permanente desrespeito pelos princípios democráticos, libertando o País e os trabalhadores, os mais idosos, as mulheres, e a juventude, de um governo que tudo tem feito para desmoralizar e empobrecer Portugal.

Trata-se, de uma luta difícil aquela a que somos novamente chamados a travar. Está em jogo o futuro de Portugal, corroído e massacrado por permanentes políticas de direita.

Impõe-se hoje ao Povo Português uma profunda mudança de política, uma verdadeira alternativa indiscutivelmente patriótica e de esquerda, e não apenas a alternância entre os três partidos – PS, PSD, CDS – únicos responsáveis pelos graves problemas sentidos pelos portugueses.

A CDU tem e apresenta publicamente propostas que constituem respostas positivas para a necessária transformação do panorama desolador que afecta milhões de cidadãos e as suas famílias, profundamente angustiados, tantas vezes desesperados, perante o espectro do desemprego e da pobreza, resultado da actuação de sucessivos governos implacáveis e desumanos, em particular o actual governo, servil perante os interesses financeiros e capitalistas nacionais e internacionais, que permanentemente demonstra não possuir a mínima preocupação com o bem-estar social do Povo e dos Trabalhadores.

Na CDU temos como objectivo central relançar a vida e actividade económica e social do País através de uma política de patriótica esquerda, capaz de inverter e eliminar a austeridade, de melhorar as condições de vida dos portugueses e de enfrentar com determinação o FMI, o BCE e a UE, na defesa intransigente da soberania e dos interesses nacionais.

Urge derrotar a direita.

A Coligação Democrática Unitária, os candidatos e candidatas, futuros deputados e deputadas na Assembleia da República, comprometem-se solenemente com o Povo e com os Trabalhadores em concorrer com o seu esforço, com o seu empenho, com o seu trabalho e com a sua capacidade, para afastar do governo do País o PSD e o CDS-PP.

Mas, amigos, companheiros e camaradas, que ninguém conte nunca com a CDU disponível para viabilizar qualquer solução de governo, que aponte no sentido do prosseguimento das políticas de direita e contrárias aos interesses nacionais, que até agora têm sido adoptadas.

Declaradas ou encapotadas na aparência, oferecendo apenas algumas superficiais alterações de circunstância, uma enganadora maquilhagem política que podemos já perceber em muitas das promessas eleitorais tornadas públicas pelo Partido Socialista, essas propostas políticas não encontrarão nunca apoio na CDU!

São promessas que não suscitam credibilidade numa mudança genuína de política e de políticas, apresentam-se profundamente demagógicas, e visam tão só lançar a caça ao voto e, depois, logo se verá …

Os portugueses e as portuguesas estão cansados deste tipo de promessas!

Os portugueses e as portuguesas sabem que essas falsas promessas não representam soluções verdadeiras e genuínas para os seus problemas quotidianos!

Os portugueses e as portuguesas sabem que essas falsas promessas não respondem à necessidade de relançamento da economia, de reposição dos salários, reformas e pensões, à defesa e reforço da segurança social, à reposição, defesa e consolidação das funções sociais do Estado, ou ao abandono de uma sujeição cega, absurda e antipatriótica às imposições do FMI, do BCE e da UE.

Os portugueses e as portuguesas sabem que essas falsas promessas não concebem nem integram a indispensável renegociação da dívida portuguesa nos seus montantes, juros e prazos, nem o combate pela revogação do nefasto Tratado Orçamental, que tanto condiciona a vida do nosso País.

Os portugueses estão cansados da alternância de poder entre PS, PSD e CDS-PP, sem que a isso corresponda uma verdadeira alternativa política. Não basta substituir um governo por outro, sem que tal substituição signifique a garantia de avanço em direcção a uma política patriótica e de esquerda como aquela que a CDU propõe.

No início do próximo outono estará uma vez mais nas nossas mãos, nas mãos do Povo e dos Trabalhadores portugueses, a possibilidade de encetar um caminho diferente, procedendo à viragem política e histórica que a grande maioria do Povo Português almeja.

O crescimento da capacidade de influência da CDU, através da obtenção de mais votos e do consequente aumento do número de deputados na Assembleia da República, é condição indispensável para tornar possível essa viragem.

Cada voto conquistado pela CDU, cada novo deputado da CDU eleito para a Assembleia da República, tornará mais difícil a continuação da imposição de um governo de direita e das suas concepções, práticas e políticas assentes na ideologia neoliberal.

A próxima campanha eleitoral decorrerá num momento em que o País se confronta, da forma mais dramática com os problemas que decorrem da permanente destruição do aparelho produtivo nacional, das falências em série de micro, pequenas e médias empresas, da destruição de milhares de postos de trabalho, da emigração forçada de centenas de milhares de portugueses e portuguesas, e da venda ao desbarato de empresas estratégicas e fundamentais para a economia nacional, como está a acontecer neste mesmo momento com a negociata montada em torno da TAP.

Nestas eleições para a Assembleia da República, a CDU compromete-se perante todos vós, perante os portugueses e as portuguesas, em contribuir activamente e permanentemente para a construção da mudança política!

Nestas eleições para a Assembleia da República, a CDU compromete-se a dar forma aos anseios mais legítimos dos portugueses e das portuguesas na construção de uma vida mais digna, no quadro de uma sociedade mais democrática, mais justa, mais livre, mais humana e mais fraterna.

Viva a CDU!
Viva Portugal!