Este escândalo do CumEx, mais um, é a todos os títulos intolerável.
Foram 55 mil milhões de euros sonegados às administrações fiscais entre 2012 e 2015.
Ou seja, ao mesmo que os governos da UE caiam de forma impiedosa sobre os contribuintes para recapitalizar a banca, esta mesma banca andava a criar esquemas de evasão fiscal com trocas de ações com não residentes por forma a evitar a tributação dos dividendos.
Este caso revela mais uma vez o que defendemos há muito. Um verdadeiro combate à fraude e evasão fiscal implica forçadamente questionar e mexer em duas vacas sagradas desta união Europeia: o sistema financeiro e a livre circulação de capitais. Neste sentido, o controlo público sobre a banca e controlo sobre os movimentos de capitais assume hoje plena atualidade.