Intervenção de Isabel Camarinha , Membro do Sector Sindical, Encontro Nacional «Alternativa patriótica e de esquerda. Soluções para um Portugal com futuro»

Papel dos dirigentes e activistas sindicais

Papel dos dirigentes e activistas sindicais

Camaradas,

Para a actual situação política e nova fase da vida política nacional, no quadro da luta que desenvolvemos por uma política patriótica e de esquerda no nosso país, em que os 3 actos eleitorais de 2019 têm enorme importância, foi e é determinante a luta dos trabalhadores e o aumento da sua consciência social e política, a organização, mobilização e luta a partir das suas reivindicações concretas.

É nossa tarefa prioritária como comunistas dirigentes, delegados e activistas sindicais o desenvolvimento da acção reivindicativa e da luta nas empresas e locais de trabalho pelo aumento dos salários, a regulação e redução dos horários de trabalho, o combate à precariedade, a negociação da contratação colectiva sem perda de direitos nem cedências, o combate à pressão e repressão e às desigualdades, a defesa da liberdade e direitos sindicais e a melhoria das condições de vida e de trabalho, associando sempre a acção reivindicativa à informação e esclarecimento, fazendo a necessária ligação à importância que levar a luta até ao voto tem para a resposta às suas reivindicações e anseios.

Na nossa actividade sindical tem de estar sempre presente a denúncia das responsabilidades de PS, PSD e CDS e da política de direita que praticaram na situação a que chegámos.

Mais, são as opções do PS que nos impedem de ir muito mais longe na melhoria das condições de vida e de trabalho, que impedem a revogação das normas gravosas do Código do Trabalho e que é o PS quem pretende agora alterá-lo para ainda pior, juntando-se a PSD, CDS, UGT e patrões.

São as opções do PS que impedem o reforço e qualidade dos serviços públicos e das funções sociais do Estado. São as opções do PS, aliado ao PSD e CDS, que favorecem o grande capital.

Sabemos bem e temos que levar essa mensagem aos trabalhadores que, sem o PCP e a CDU não teriam sido possíveis os avanços e conquistas alcançados.

A acção dos comunistas, em que os dirigentes, delegados e activistas sindicais têm acrescida responsabilidade, é fundamental para o desenvolvimento da luta nos locais de trabalho e na rua e a sua ligação ao voto.

Bem como é imprescindível o reforço do nosso Partido nas empresas e locais de trabalho, sendo de enorme importância a Campanha de 5 mil contactos com trabalhadores que estamos a realizar.

A criação de comissões de apoio à CDU nas empresas e locais de trabalho, com os trabalhadores a declarem a sua intenção de voto na CDU permitir-nos-á contactar os trabalhadores e levar as nossas propostas e esclarecimento.

Camaradas

Na nossa acção temos que esclarecer que o voto no PS, PSD e CDS, condiciona e pode inviabilizar o alcançar dos objectivos pelos quais lutamos (como a vida nos demonstrou) e apelar para que os trabalhadores votem de acordo com os seus anseios e lutas, para romper com a política de direita, confiando o seu voto aos que estão com eles todos os dias nas suas lutas e reivindicações e assim fazendo do voto em 26 Maio e 6 de Outubro acções de luta também.

Os trabalhadores sabem que podem contar com o PCP, todos os dias, solidário e interveniente, nos processos de luta na empresas, na rua ou nos locais de trabalho, com propostas de lei ou questionando o Governo, mas temos que ir mais longe e transmitir a consciência que o voto e o reforço do PCP e da CDU no Parlamento Europeu, na Assembleia Regional da Madeira e na Assembleia da República são necessários para a defesa, reposição e conquista de direitos, para a valorização dos trabalhadores, para romper com a política de direita e construir a alternativa patriótica e de esquerda que propomos para o nosso país.

A luta continua!
Viva o PCP!

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