Declaração de Voto

Desmascarar as provocações e as falsidades - o voto do BE sobre a Síria

Desmascarar as provocações e as falsidades - o voto do BE sobre a Síria

Declaração de Voto do PCP ao Voto nº 176/XIII/2ª apresentado pelo BE, de Repúdio pelos bombardeamentos e os crimes contra as populações na cidade de Alepo, na Síria

Coerentemente e da mesma forma que o fez relativamente às guerras de agressão contra o Iraque e a Líbia e os seus povos, o PCP, desde o primeiro momento, denunciou e condenou a guerra de agressão que se abateu sobre a República Àrabe Síria e o povo sírio, com o seu cortejo de hediondos crimes, brutais violações dos direitos humanos, morte, sofrimento e destruição.

Uma cruel guerra de agressão protagonizada por grupos armados, criados, pagos e apoiados pelos Estados Unidos, as grande potências da União Europeia – como o Reino Unido e a França – e os seus aliados na região, como a Turquia, Israel, a Árabia Saudita ou o Catar.

Uma guerra de agressão que, na senda da destruição do Iraque e da Líbia, e desrespeitando os mais fundamentais direitos do povo sírio e o Direito Internacional, visa destruir o Estado sírio, com o seu posicionamento soberano, independente, multicultural e pan-árabe.

É porque é solidário com a resistência da Síria e do seu povo em defesa da sua soberania e integridade territorial da sua pátria face a uma criminosa agressão, que o PCP não esconde, e por isso não é conivente, nem é cúmplice, com os agressores e as suas monstruosas criações.

Equiparar a acção agressiva dos Estados Unidos, da NATO, das grandes potências da União Europeia e seus aliados, à postura de outros países que se posicionam, agem e articulam no plano internacional no respeito da Carta das Nações Unidas e apoiam povos e Estados vítimas do bloqueio, desestabilização e agressão, seria fazer o jogo dos verdadeiros agressores, branqueando os seus crimes e responsabilidades.

Para o PCP, os grupos armados que espalham o terror e são responsáveis pelos mais hediondos crimes no Iraque, não passam a ser designados por «rebeldes» só porque o fazem na Síria – designem-se eles por «Estado Islâmico», «Frente Al-Nusra» ou «Jabhat Fateh al-Sham», ou por uma qualquer outra designação de conveniência que esses grupos venham a adoptar.

O que está acontecer em Alepo é a libertação da cidade e dos seus habitantes dos grupos terroristas que há anos, apoiados e suportados pelos EUA e seus aliados, os utilizam para alcançar os seus objectivos, ou seja, destruir aquele país.

A corajosa resistência da Síria e do seu povo, exige não a vergonhosa associação ou a conivência com as campanhas que visam branquear a agressão levada a cabo pelos Estados Unidos e seus aliados, mas a solidariedade de todos os que defendem os direitos do povo sírio e a paz.

Rejeitando a mentira e não cedendo a manobras de pressão, impõe-se a continuação da solidariedade com a resistência da Síria e do seu povo, esse é o caminho da Paz– é do seu lado que o PCP está.

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