Para assegurar uma paz duradoura e a segurança internacional, é necessário e manifestamente viável passar de um programa de segurança determinado por considerações militares para um sistema de segurança civil que se dirige às causas económicas, sociais, ecológicas, étnicas e culturais dos conflitos, e adoptar uma abordagem preventiva para neutralizar e tratar as causas de situações previsíveis e agudas de conflito na Europa e em todo o mundo.Ora, não tem sido esse o caminho seguido pela UE na actual política de segurança, mantendo-se numa posição muito seguidista dos EUA que, por sua vez, utilizam a ameaça do terrorismo, e os esforços para o combater, para desenvolver uma política unilateral e reforçar a sua hierarquia no mundo, de que são exemplo as recentes declarações de Bush sobre o "eixo do mal" parecendo prenunciar novas operações militares noutras regiões do mundo.Como se diz na Resolução que o Grupo da Esquerda Unitária Europeia apresentou, mas que lamentavelmente não foi votada, já é tempo de alterar radicalmente a situação existente, designadamente através da dissolução da NATO e da UEO, insistindo no desenvolvimento e no reforço da OSCE, dotando-a dos meios materiais e financeiros adequados, o que manifestamente a maioria do Parlamento Europeu não apoia.Daí o nosso voto contra a Resolução da Comissão dos Assuntos Externos.