Há questões que não constam mas que deviam constar das perguntas que enquadram este debate.
Em relação à Conferência sobre as Alterações Climáticas, a COP24, esta é mais uma que decorre sem que se questione a perversidade e a ineficácia dos instrumentos de mercado, como o comércio do carbono. Os objectivos ambientais sucumbem perante a instrumentalização da questão ambiental a favor do negócio, incluindo o que se faz com a compra e venda de direitos de poluição.
Em relação à Conferência sobre a Diversidade Biológica, a COP14, é curioso que aqui se fale em novos instrumentos financeiros para a biodiversidade, nada se dizendo sobre a inexistência até hoje (já lá vão mais de 25 anos) de um instrumento comunitário dedicado a financiar a gestão e conservação da Rede Natura 2000. Pelo contrário, há uma desresponsabilização evidente da União Europeia neste domínio, uma falha que nem a PAC nem o programa Life colmatam.
Preferem canalizar recursos para a indústria de armamento, para financiar a escalada militarista em curso. Escusam é de pintar a cara de verde.